Ilustrado
A vida não foi fácil para esse mineiro de Governador Valadares que veio para o Paraná ainda criança com os pais e os irmãos. Quando Ilídio Coelho Sobrinho terminou os estudos, foi para o Exército em Guaíra, depois disso começou a sua carreira na comunicação. Parte desta história ele contou nesta sexta-feira (4), no programa Notícias em Foco, na Rádio Amizade FM, com Sidney Caetano, padre Valdomir Machado, ambos que já passaram pelo Jornal Umuarama Ilustrado e com Aragão Filho, colunista do Ilustrado há mais de 20 anos.
Segundo Ilídio, ele começou a carreira na imprensa nos microfones da Rádio Cultura AM, primeira emissora de rádio da cidade, onde comandava nas tardes de domingo um programa dirigido ao público jovem. De lá, conseguiu uma vaga no primeiro e já extinto jornal Gazeta de Umuarama, que pertencia a Lúcio Pipino.
E foi ali, com um gravador, uma máquina de escrever e muita curiosidade, que o bichinho da comunicação picou o jovem Ilídio Coelho Sobrinho. Daí para criar a sua própria empresa, foi um pulo e em 05 de agosto de 1.973, um domingo circulou a primeira edição do Jornal Umuarama Ilustrado.
“Quando íamos inaugurar, um caminhão invadiu o prédio do jornal, na avenida Brasil e tivemos que adiar a inauguração oficial”, contou Ilídio para Aragão Filho. A rodada da primeira edição aconteceu fora da cidade, o que na época foi uma dificuldade a mais. A grana era pouca, mas a vontade era grande.
E foi na região, para onde o jovem Ilídio embarcava de ônibus e as vezes de carona, que ele buscou recursos. Ele recordou com carinho e emoção a ajuda de dois amigos, Jamilo Silva e Balthazar Rodrigues, ainda em 1.973. Ambos eram cerealistas de café, no então distrito de Vila Alta, de Umuarama e, hoje, município de Alto Paraíso.
“Foram eles que me ajudaram, me deixaram ficar na cerealista e eu fazia as refeições com eles e suas famílias durante todo o período em que fiquei em Vila Alta”, explicou emocionado Ilídio. Ele foi para o então distrito de Vila Alta fazer uma edição histórica da cidade, com o intuito de faturar mensagens e anúncios do comércio.
“Foi com essa edição que arrecadei recursos para as três primeiras parcelas da impressora, que estava financiada no Banco Comercial do Paraná. Foi o que me permitiu seguir em frente e pagar as contas”. Depois disso vieram outros parceiros, os colaboradores e muita dedicação para fazer o jornal evoluir e chegar a ser o GRANDE JORNAL DO PARANÁ.
