CORONAVÍRUS
A quarta-feira (10) amanheceu mais ensolarado para Helena Serconvice, de 92 anos. Moradora de Umuarama, ela foi um dos mais de 500 idosos que começaram a receber a vacina contra a covid-19, doença transmitida pelo novo coronavírus. A idosa foi acompanhada pela sua neta, Crisley Padilha, até o posto do Jardim Lisboa, onde recebeu o imunizante no sistema drive-thru.
Helena contou que foram dias de apreensão e medo até o momento de receber a vacina. “Não vejo a hora de tomar a vacina”, disse a idosa minutos antes de chegar até as enfermeiras do posto que estavam aplicando o imunizante. “Vou sair da prisão, que crueldade passamos. Foram momentos difíceis, nessa minha idade, nunca tinha passado por uma situação como essa”, ressaltou a umuaramense.
Antonio Picoti e a esposa também estavam na fila do drive-thru para receber a vacina. Ele foi um dos primeiros taxistas de Umuarama e conforme o idoso a imunização é algo necessário. “Precisamos tomar a vacina. Agora vou ficar mais tranquilo”, disse.
Maria Batista, de 93 anos, também recebeu a imunização e até as 11 horas de ontem mais de 40 idosos já haviam recebido a dose da vacina no posto do Jardim Lisboa. “E um momento de muito alívio, mas também de preocupação. Mas entregamos para Deus, vamos ter a segunda dose e isso vai acabar logo”, disse a filha de Maria, Carmem.
De acordo com a secretária de Saúde do município, Cecília Cividini, a vacina é um aliado importante no combate à Covid-19. “O objetivo maior é reduzir as complicações causadas pela doença, que agravam o quadro de saúde dos pacientes, para aliviar a rede hospitalar. Como o grupo de maior incidência de internamentos é o dos idosos, o Ministério da Saúde definiu dar a eles a prioridade nestas etapas iniciais da vacinação, bem como aos profissionais de saúde”, explicou.
Os idosos têm a maior taxa de mortalidade em consequência do risco elevado de agravamento dos sintomas, geralmente associados a comorbidades como diabetes, hipertensão, problemas respiratórios e cardíacos. Em Umuarama, a grande maioria das mortes (cerca de 50 óbitos) ocorreu entre pessoas de 70 a 79 anos e acima de 80 anos.
“Por isso não podemos relaxar nos cuidados básicos que devem ser incorporados à nossa rotina, como uso de máscara em ambientes públicos, higienização frequente das mãos, objetos e locais constantemente tocados, distanciamento social, evitar aglomerações, manter a etiqueta respiratória e não compartilhar objetos pessoais”, orientou a secretária.