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O apelo desta vez vai para os umuaramenses e moradores da região que já se recuperaram da covid-19 ajudarem outros pacientes de uma forma bastante simples: doando plasma. O Hemonúcleo de Umuarama realiza a campanha de coleta de plasma hiperimune ou plasma convalescente no próximo sábado (19). A orientação é para o doador realizar agendamento prévio na unidade pelo telefone (44) 3621-8307 ou no site https://www.saude.pr.gov.br/Endereco/Hemepar-Umuarama.
Segundo Cláudio Francisconi, coordenador do Hemonúcleo de Umuarama, a campanha visa apoiar o tratamento dos pacientes positivados com covid-19 internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “O horário para doação no sábado começa das 8h às 11h30 e das 12h30 às 15h30. É importante o agendamento, pois nossa capacidade técnica de coleta é para 40 doadores no dia”, ressaltou.
O plasma de pacientes que tiveram a doença pode concentrar uma grande quantidade de anticorpos que agem no combate à infecção – é o chamado plasma hiperimune ou plasma convalescente.
Desde o ano passado, o Hemonúcleo faz a coleta e a produção de plasma hiperimune para repassar a hospitais que usam a terapia como alternativa no tratamento dos pacientes internados. Para isso, o paciente recuperado precisa esperar até 45 dias do diagnóstico do RT-PCR ou 30 dias após o fim dos sintomas.
Para isso, o sangue do doador é analisado para ver a quantidade de anticorpos IgG (Imunoglobulina G) circulante. Caso haja uma boa titulação de anticorpos, é feita a produção. Cada bolsa de sangue produz 200 ml de plasma hiperimune.
Na outra técnica, a doação por aférese, uma máquina separa todos os componentes primários do sangue, podendo coletá-los individualmente. Dessa forma, só o plasma é retirado, e em maior quantidade.
A transfusão de plasma convalescente é experimentada há tempos como terapia para doenças infecciosas. Chegou a ser usada na pandemia de gripe espanhola, no início do século passado, e também em surtos mais recentes, como do sarampo, da influenza e até do ebola.
No caso da doença causada pelo novo coronavírus, a transfusão é feita no início da infecção, nos primeiros cinco dias, em pacientes que não estejam com o pulmão muito comprometido e sempre com autorização dos familiares. “Temos efetivamente bons resultados com o plasma convalescente, fazendo com que as pessoas não avancem para um estágio mais grave da doença, sem a necessidade de internação na UTI”, afirmou Liana.