Cotidiano

OPERAÇÃO NETWORKING

Gaeco e Gepatria cumprem mandados em Umuarama e mais 10 municípios por suspeita de fraude

14/10/2020 14H45

Jornal Ilustrado - Gaeco e Gepatria cumprem mandados em Umuarama e mais 10 municípios por suspeita de fraude
Os mandados foram cumpridos em Umuarama e outras 10 cidades do Noroeste do Paraná – foto divulgação Ministério Público

O Ministério Público do Paraná deflagrou na manhã desta quarta-feira (14), a Operação Networking, que investiga organização criminosa responsável por fraudar procedimentos licitatórios em diversos municípios do estado.

ALVOS

Foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão nos municípios de Umuarama, Perobal, Pérola, Tuneiras do Oeste, Cruzeiro do Oeste, Loanda, Porto Rico, Nova Aliança do Ivaí (todas no Noroeste do estado), Santa Cecília do Pavão (Norte Pioneiro), Pitanga (Centro-Sul) e Barracão (Sudoeste). Os mandados foram cumpridos em empresas, residências e gabinetes de órgãos públicos.

FRAUDES

Segundo as investigações, conduzidas pelo Núcleo de Cascavel do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pelo Núcleo de Umuarama do Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria), as fraudes ocorreriam a partir da falsificação de documentos em licitações voltadas à contratação, pelas administrações municipais, de empresas para prestação de serviços de apoio técnico, fornecimento de softwares de gestão, portais da transparência e soluções tecnológicas de segurança de rede. Os contratos investigados somam mais de R$ 4 milhões.

BUSCA E APREENSÃO

Foram apreendidos documentos, computadores e aparelhos celulares que serão analisados para possível comprovação dos fatos criminosos já identificados a partir de interceptações telefônicas e quebras de sigilos bancário, fiscal e telemático.

Segundo o MP nem todos os mandados foram cumpridos em prefeituras e órgãos públicos. Em alguns desses municípios, os alvos dos mandados foram escritórios de empresas e residências.

A pedido do Ministério Público do Paraná, outras medidas cautelares também foram deferidas pelo Juízo, como a proibição de as empresas investigadas contratarem com o poder público e a suspensão de contratos administrativos vigentes, visando à interrupção das práticas ilegais.