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OPERAÇÃO CRONOS IV

Furto de gado teria sido motivação de execução em Douradina, diz delegado

17/02/2023 17H15

Jornal Ilustrado - Furto de gado teria sido motivação de execução em Douradina, diz delegado

O furto de gado é apontado como a motivação para a execução de um idoso de 63 anos ocorrida em 16 de fevereiro de 2022, em Douradina, a 59 km de Umuarama.

A afirmação é do delegado-chefe da 7ª SDP, Gabriel Menezes, durante coletiva para tratar da Operação Cronos IV, que cumpriu mandados de prisão e busca e apreensão contra os suspeitos de diversos crimes violentos, inclusive deste homicídio. O homem de 47 anos, suspeito de executar o idoso, já estava recolhido na Penitenciária Estadual de Cruzeiro do Oeste (PECO).

A operação contou com apoio de policiais pertencentes ao 25º Batalhão de Polícia Militar.

Segundo a Polícia Civil, o crime foi encomendado como retaliação por um proprietário rural prejudicado com o furto de gado em Douradina. O atirador E.G.A (47 anos) foi contratado pelo proprietário rural para cometer o crime, segundo a polícia.

De acordo com a Polícia Civil, o suspeito de matar o idoso possui passagens pelos crimes de falsa identidade, porte ilegal de arma de fogo, roubo, furto, homicídio qualificado, drogas para consumo pessoal, ameaça e dano.

“É um homem com extensa ficha criminal e que estava foragido da Justiça. Na época em que cometeu o crime, apuramos que ele estava se escondendo na região de Umuarama”, disse por meio de nota o delegado-chefe da 7ª Subdivisão Policial (SDP) de Umuarama, Gabriel Menezes.

A EXECUÇÃO

A vítima foi um homem de 63 anos, que morreu após ser atingido por disparos de arma de fogo. No local do crime foram coletados os projéteis que atingiram o idoso. Os policiais também constataram que o aparelho celular da vítima foi roubado durante a ação criminosa.

OUTROS CRIMES

Segundo a Polícia Civil, antes de praticar o homicídio investigado pela PC, o mesmo suspeito já era alvo de investigação pela prática de uma série de roubos a residência e de caminhonetes, que eram levadas para o Paraguai. A Polícia Civil informou que se estima que o suspeito tenha se envolvido em ao menos oito ocorrências de roubo em Umuarama e também em municípios vizinhos.

ARMA DE FOGO

Conforme a Polícia Civil, dias após o homicídio, o suspeito foi preso em Alto Piquiri (PR) portando um revólver calibre .38 e em posse de documentos falsos. Além disso, na ocasião, foram cumpridos diversos mandados de prisão que estavam em aberto contra o suspeito.

A Polícia Civil explicou que como as investigações do homicídio em Douradina já apontavam que E.G.A (47 anos) era o suspeito do crime, a Polícia Civil de Umuarama solicitou perícia na arma encontrada na posse do suspeito, objetivando realizar o confronto balístico com os projéteis recolhidos na cena do crime. Alguns meses após a requisição, o laudo pericial foi concluído e confirmou que a arma encontrada com o suspeito foi a mesma usada no homicídio.

EM DOURADINA

Além disso, o Núcleo de Inteligência da Polícia Civil de Umuarama conseguiu apurar que o suspeito esteve no município de Douradina no dia e horário do crime.

O suspeito está atualmente na Penitenciária de Cruzeiro do Oeste e, segundo a Polícia Civil, será interrogado pela prática do homicídio. Ainda segundo a PC, não foi pedido a prisão do acusado pelo fato de já se encontrar preso por diversos mandados de prisão relacionados a outros crimes.

CELULAR ROUBADO DE VÍTIMA É ENCONTRADO COM CASAL

A PC informou que em relação ao caso, a operação desta sexta-feira teve como objetivo dar cumprimento a um mandado de busca e apreensão em uma residência localizada na rua José Fernandes de Medeiros, bairro Jardim Itália, em Umuarama, a fim de recuperar o celular subtraído da vítima no dia da ação.

As investigações demonstraram que o celular da vítima era usado por um casal com residência nesse endereço, uma mulher de 22 anos e um homem de 26 anos. O celular foi encontrado no local e apreendido.

A Polícia Civil investiga se esse casal possui algum envolvimento com os fatos ou apenas adquiriu o aparelho celular sem conhecimento dos fatos. O outro objetivo da investigação, segundo a PC, é identificar o proprietário rural que encomendou o crime de homicídio.