EM UMUARAMA
O Conselho Municipal dos Direitos do Idoso (CMDI) abriu na manhã desta quarta-feira, 16, uma exposição de imagens do fotógrafo Paulo Roberto Nunes Silveira, que vive em situação de rua e demonstra sensibilidade como poucos para captar flagrantes da natureza local. Ele é acompanhado pelo conselho e, desde que chegou em Umuarama, criou laços com moradores e entidades, como a Casa de Apoio Chico Xavier, a Casa da Sopa Dr. Leopoldino e o Centro Espírita Allan Kardec.
“Vim para Umuarama em 2018, achei uma vassoura na rua e comecei a varrer calçadas. Lembro ainda da primeira casa, da primeira pessoa que me deu trabalho. Conheci o doutor Lair Carboneira, que me deu dinheiro para comprar uma enxada, um verdadeiro pai”, agradeceu.
Paulo Silva disse que frequenta a Casa da Sopa, “onde todos têm bom coração”, e estendeu agradecimentos às pessoas e entidades que sempre o apoiaram. “Eu não tinha família, não tinha ninguém, mas agora minha família é o conselho, é a Casa da Sopa, o abrigo, e eu sou muito grato a todos”, completou.
A secretária municipal da Assistência Social, Adnetra Vieira dos Prazeres Santana, elogiou o trabalho do CMDI e dos demais conselhos (da criança e adolescente, da pessoa com deficiência, da mulher e outros), “que tem tido um olhar diferenciado para com seus públicos, com ações importantes, gratificante, um olhar acolhedor para o ser humano”, disse. “Fico feliz em ver que o conselho não apenas cobra e fiscaliza, mais contribui com ações para que as políticas públicas avancem de forma eficiente e diferenciada”, apontou.
Adnetra destacou o dinamismo das entidades em mostrar que o idoso não ‘está morto’, à margem da sociedade, mas pode ser jovial, atuante, e tem muito ainda por fazer, sonhar e viver. “Espero que outros órgãos também percebam isso e contribuam para promover ações nesse sentido. Divulgando o trabalho do senhor Paulo mostramos o trabalho do CMDI. Agradeço em nome do prefeito Hermes Pimentel e que venham mais ações como esta linda exposição”, completou.
Acompanharam a abertura da exposição, ainda, Isabela Gomes Simões, presidente da Associação Casa da Sopa Dr. Leopoldino, Zélia Aparecida Serralbo, presidente do CMDI, e a presidente do Centro Espírita Allan Kardec, Geruza Vacari. Izabel destacou a importância da acolhida para o ser humano, “a importância de ver além do que as pessoas nos falam e pedem, mas o que elas precisam realmente”.
Já a presidente do CMDI lembrou que diante da câmera fotográfica, uma pessoa com poucas oportunidades na vida, como o senhor Paulo, “consegue enxergar a beleza, ter a sensibilidade que muitos de nós, no conforto de nossas casas, não temos”. “Com seu olhar sensível, caminhando pela cidade, ele observa imagens lindas e nos faz esse convite: vamos caminhar mais, deixar de lado o celular e ver o mundo, o nosso próximo”, completou Zélia Serralbo.
AGRADECIMENTO
O fotógrafo Paulo Silveira fez um agradecimento especial a todos que lhe deram apoio e amparo social e aos envolvidos neste projeto, “que colaboraram para que minha arte ganhasse visibilidade”, e declarou “eterna gratidão” à Casa da Sopa Leopoldino (Allan Kardec), CMDI, ao advogado Lair Carbonera, Isabela Simões, Edna Justino (secretária municipal da Habitação), professora Soraya Kamal, panificadoras Eccopane, San Marino e Cauiá Pães e Doces, restaurantes Makaris, Recanto da Pizza e O Pratão e à Churrascaria Brasil.
