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A fé e a esperança de que José Ambrósio dos Santos, o ‘Preto’ esteja bem e vivo são o que movem os familiares do idoso de 66 anos a continuar a busca por seu paradeiro. Ele está desaparecido há 12 dias, após sair de casa, em Iporã, na manhã do dia 17 e não mais voltar. O idoso sofre há dois anos do Mal de Alzheimer.
“Me dá um desespero imaginar que ele pode esta ferido, com fome e sem saber como voltar”, relevou emocionada a sobrinha do idoso, a dona de casa Aparecida Neves de Souza, 49 anos. Ela é quem cuida de José Ambrósio desde que a doença se manifestou. Além de José Ambrósio, Aparecida cuida ainda de outro tio, que teve um AVC e também precisa de cuidados. Os dois idosos residem em uma das três casas construídas no quintal. Há quatro meses Aparecida perdeu a mãe, de quem também cuidava.
Aparecida contou que além da medicação de uso contínuo para o controle da doença, o tio já depende de ajuda para fazer coisas pequenas como comer e tomar banho. “E a memória dele é somente das coisas do passado”, disse.
Aparecida lembrou que o tio tem o hábito de sair, normalmente na companhia da cachorrinha Neguinha, mas que no dia do desaparecimento Neguinha estava presa e não acompanhou o idoso. “Ele sai, mas a Neguinha vem e nos avisa e nos leva até ele. Ou quando as pessoas o encontram também ligam que vamos buscar. Mas desta vez nada. Desde que o Ambrósio sumiu a Neguinha está sempre triste e ela participa da busca”, disse a sobrinha. O último local onde José Ambrósio foi visto é na estrada rural Norte Sul, que segue em direção a Pérola.
“Temos a esperança de que ele está bem e vivo. O Ambrósio é bem querido por todo mundo. Não faz mal para ninguém. Se tivesse acontecido alguma coisa ruim já teria chegado a notícia, né?”, questionou um dos irmãos de José Ambrósio, o aposentado Israel Olegário dos Santos, 73 anos. Ele mora em Curitiba e desde o início da semana se juntou aos cerca de 20 familiares e amigos que realizam buscas diariamente pelo idoso.
Na sexta-feira (27), quando o Ilustrado esteve na casa da família, as buscas aconteceram no rio Xambrê. Mas os grupos de buscas já passaram por Altônia, Guaiporã, além de estradas rurais de Iporã. “Onde chega a informação de que ele passou ou foi visto, vamos lá procurar. Batemos as estradas a pé, entrando no mato, em plantações de eucalipto, beira de rio. Vemos tudo e até agora nada”, contou Aparecida. Ela salientou que por causa da doença, ao realizar longas caminhadas o idoso costuma deixar um pé de chinelo ou mesmo uma camisa pelo caminho. “Mas nem isso encontramos para nos dar uma pista”.
De acordo com o vendedor Marcos Gilberto, amigo da família e que está auxiliando nas buscas, José Ambrósio só sabe andar para a frente. “Ele só caminha e segue em frente. Por isso, ele pode estar caminhando em cidades da região. Pedimos o auxílio de todos para encontrá-lo”, ressaltou.
O desaparecimento de José Ambrósio já foi comunicado para as polícias Civil e Militar e uma equipe dos bombeiros de Altônia e Umuarama também está auxiliando nas buscas. “Mas para eles nos ajudarem a encontrar o meu tio, temos que ter uma ideia de onde procurar”, ressaltou Marcos Gilberto.
Informações sobre o paradeiro de José Ambrósio podem ser repassadas pelos telefones 190 (PM), 193 (Bombeiros) ou 197 (Polícia Civil) ou para o telefone da família 99727-2052.Quan
do desapareceu José Ambrósio trajava camisa polo cinza, bermuda vermelha e chinelos e é morador do bairro Alto da Sanbra, em Iporã.