MISTÉRIO
Amigos e familiares de Sálvio de Almeida Souza, de 26 anos, realizaram nesta sexta-feira (24) uma manifestação pacífica em frente à delegacia da Polícia Civil de Iporã. Eles pedem informações sobre a investigação que apura o desaparecimento do jovem. Neste sábado completa 25 dias que Sálvio foi visto pela última vez em Francisco Alves, onde reside.
“Eu me sinto aflita, vazia, sem resposta. Eu preciso de uma resposta sobre o que aconteceu com o meu filho. Eu já não aguento mais tanta espera. Quero que a polícia nos dê uma resposta do meu filho. A gente não sabe o que aconteceu. Eu imploro que quem tiver informações sobre o meu filho, fale pra gente e pra polícia”, disse em um vídeo a mãe de Sálvio, Cleide Almeida de Souza.
Ela mora em São José da Tapera, no interior de Alagoas, mas dias após o desaparecimento do jovem, amigos e familiares fizeram uma vaquinha para bancar uma passagem de ônibus do nordeste até Francisco Alves, onde ela busca saber o que aconteceu com Sálvio.
Emocionado, o irmão de Sálvio, Clemerson Almeida de Souza contou que há uma tristeza enorme na família, na mãe e nos irmãos por não ter notícia do paradeiro de Sálvio. “A gente vai na polícia e não tem notícias. Para a família em Alagoas e para os amigos daqui, todos sabem que ele é um cara humilde, batalhador, que saiu de Alagoas para conquistar as suas coisas”, afirmou.
Há um ano e meio, Sálvio, Clemerson e a irmã Clara deixaram o sertão nordestino em busca de uma vida melhor no interior do Paraná. Se juntaram a comunidade alagoana em Francisco Alves e conseguiram trabalho em uma cooperativa em Palotina, distante a 26 km. Pelos amigos e conhecidos Sálvio é descrito como uma pessoa tranquila, que gosta de jogar futebol, sem inimigos e sem envolvimento com drogas e bebidas alcoólicas.
Na noite do dia 25 de fevereiro Sálvio saiu de casa em sua motocicleta dizendo que iria com amigos a uma festa em Palotina. Por volta das 6 horas do dia 26 de fevereiro, imagens de câmeras de segurança de uma lanchonete, na entrada de Francisco Alves, registraram Sálvio descendo correndo e aos tropeções do interior de um GM Celta branco. Foi a última vez que o jovem foi visto.
Segundo o apurado pelo Ilustrado, no veículo estariam ainda um casal e o condutor. Todos já prestaram depoimento para a polícia, mas o paradeiro do jovem ainda é desconhecido.
Ainda no dia 26, familiares buscaram informações com amigos de Sálvio. Segundo relatado ao Ilustrado, um desses amigos foi até a casa da família, entregou a moto, a carteira e o celular de Sálvio e contou que os amigos saíram antes da festa em Palotina, mas Sálvio teria ficado e por ter bebido optou por não voltar de moto e sim de carona com outros conhecidos do grupo.
Segundo o delegado da Polícia Civil de Iporã, Felipe Martins, responsável pelo caso, no momento os investigadores não descartam nenhuma linha de investigação, inclusive de homicídio. “Ainda não dá para afirmar isso, apesar do tempo em que ele está desaparecido. Estamos investigando, na luta, na busca, infelizmente não temos informação do paradeiro do rapaz. Hoje após o protesto, repassamos algumas informações que podiam ser repassadas para a família”, afirmou Martins.
Ele ainda pediu que informações que possam levar ao paradeiro de Sálvio podem ser repassadas para a polícia através de um whats’App da delegacia. O número é 44-99987-2150. É assegurado o anonimato.