Política
Umuarama – Após a mesa diretora da Câmara de Vereadores de Umuarama permanecer reunida por mais de seis horas, nesta quarta-feira (14), os vereadores deliberaram pela extinção do mandato do vereador Marcelo Nelli (Solidariedade). O próximo passo será a leitura da decisão em plenária na sessão da próxima segunda-feira e o oficiamento da Justiça Eleitoral para a indicação do suplente.
A reunião foi motivada pelo procedimento do Diretório Municipal do Movimento Democrático Brasileiro de Umuarama (MDB), o qual objetivava a extinção do mandato do vereador Nelli embasado pela decisão judicial da 2ª Varal Federal da Subseção Judicial de Umuarama.
Caso a decisão da mesa não seja derrubada juridicamente, o possível suplente a cadeira vazia da Câmara de Vereadores de Umuarama seria o ex-vereador Toninho Comparsi (MDB). Toninho obteve 1.449 votos nas eleições de 2016 ficando atrás do vereador Jones Vivi (PTC), o qual fez 1.490. Entretanto a presidência da Câmara precisa ser oficializada pela Justiça Eleitoral, dizendo qual seria o suplente.
“Acredito que a nomeação do suplente ocorra somente na sessão do dia 26 deste mês. Além da resposta da Justiça Eleitoral, o vereador indicado precisa arrumar toda a papelada”, explicou o vereador Mateus Barreto.
Em entrevista ao jornal Umuarama Ilustrado no fim da tarde desta quarta-feira (14), Marcelo Nelli voltou a ressaltou, que a decisão de extinção de seu mandato tem cunho politico e que em momento algum levou prejuízo financeiro para comunidade de Umuarama. Ainda segundo Nelli “Vamos ver o que podemos fazer sobre a decisão deles (vereadores)”, disse.
Marcelo Nelli e o irmão Cristiano Nelli foram condenados em 2010, quando Cristiano exerceu ao mesmo tempo cargo como assessor parlamentar em Brasília (DF) no gabinete do então deputado federal Dr. Osmar Serraglio e como secretário-geral da Câmara de Vereadores de Umuarama.
Os irmãos perderam em todas as instâncias e no dia 15 de julho de 2019 houve o trânsito em julgado da sentença, que foi reformada para reduzir o tempo de suspensão dos direitos políticos. O processo correu em segredo de Justiça até o fim da semana passada, quando foi suspenso.
A sentença determina a perda do cargo público, que esteja sendo exercido, além da suspensão dos direitos políticos por três anos. Enquanto durar essa suspensão entre outras restrições Nelli não poderá se candidatar a nenhum cargo eletivo ou exercer função pública.