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Emaranhados, muitas vezes sem mais utilidade, excessos de fios telefônicos e de internet em postes de energia contribuem para a poluição visual de Umuarama, causam transtornos e levam a acidentes. Nas últimas semanas, houve o registro de ao menos duas situações de risco em Umuarama.
No início do mês, na entrada do bairro Primeiro de Maio, um motociclista ficou ferido após ser surpreendido com um fio telefônico caído na altura de seu pescoço, no meio da rua. Sem tempo de desviar, se machucou. O acidente poderia ser fatal se a velocidade do veículo fosse um pouco mais alta.
Na semana passada, um caminhão-baú ficou preso em um emaranhado de fios na entrada da rua Montes Claros, no Jardim Tamoio, deixando empresas e moradores sem energia elétrica e sem internet.
Nesta quinta-feira (22) o Ilustrado flagrou mais fios ‘pendurados’ na rua Bandeirantes, na altura entre as ruas Afonso Pena e Coelho Neto, na Zona V. Segundo o morador Roberto Jacon, há quase um ano uma árvore caiu encima da fiação telefônica e nunca foi retirada. Ele informou que os pedidos de ajuda junto a Prefeitura de Umuarama já ocorreram, mas sem resposta.
Os postes de energia são de propriedade da Copel, que aluga o espaço para que empresas de telefonia utilizem de forma compartilhada. Segundo a concessionária de energia, essas empresas são as responsáveis manter as condições de segurança nas redes. Apesar disso, basta andar pelas ruas da cidade para flagrar situações de fios emaranhas ou ‘enrolados’, e em muitos casos, já sem uso.
Em nota, a Copel explicou que “o compartilhamento de postes com as empresas de telecomunicações segue disposições de regulamentação das agências reguladoras ANEEL e ANATEL, que estabelece a responsabilidade de manutenção aos ocupantes, ou seja, às operadoras de telefonia.
O contrato que rege este relacionamento estabelece remuneração à concessionária de energia para fins de modicidade tarifária, porém, cabe às empresas que utilizam os postes da Copel manter em condições de segurança suas redes e dentro da regulamentação ABNT via NBR 15688. A Copel atua de forma complementar, realizando inspeções nas redes de distribuição e notificando as empresas para que regularizem ou mediante denúncias”.
O Ilustrado também questionou a Prefeitura de Umuarama se o Setor de Posturas poderia cobrar providências das empresas de telefonia para a remoção desse material já inutilizado, mas foi informado que o Código de Posturas regulamenta a necessidade de autorização do Município apenas para a instalação dos equipamentos, mas a fiscalização em casos de remoção e manutenção não há lei municipal que trate da questão.
