ALTO PIQUIRI
Uma ex-excrivã do cartório Cível da comarca de Alto Piquiri, seu marido e sua mãe, foram condenados pelos crimes de peculato e associação criminosa. O trio, junto, sacou mais de meio milhão indevidamente de processos que tramitavam em juízo entre os anos de 2012 e 2014.
A sentença condenatória transitou em julgado e nesta quarta-feira (24) a Polícia Militar cumpriu os três mandados de prisão. As duas mulheres, de 41 e 59 anos e o homem de 34 anos, estão recolhidos na cadeia pública de Iporã. As penas, juntas, somam 102 anos de prisão. As informações são do Ministério Público do Paraná, responsável pela acusação.
Segundo o Ministério Público, a então servidora pública juramentada do Cartório da Vara Cível, da Família, da Infância e Juventude, Distribuidor e Anexos de Alto Piquiri emitia alvarás judiciais em nome do seu marido e de sua mãe, que depois sacavam os valores que estavam depositados em juízo.
Nos autos, a Promotoria aponta que os denunciados mantinham um estilo de vida luxuoso, custeado pelas transferências indevidas – estima-se o desvio, à época, de mais de R$ 500.000,00, em prejuízo de diversas partes.
A pena final foi fixada pelo Tribunal de Justiça do Paraná após recurso do Ministério Público, sendo depois confirmada junto ao Superior Tribunal de Justiça e ao Supremo Tribunal Federal, em recursos da defesa.
A ex-escrivã deve cumprir 33 anos e 8 meses de prisão e os familiares 34 anos e 4 meses cada um. Além da prisão e da pena de multa, os três foram sentenciados a devolver os valores desviados indevidamente e a então servidora à perda do cargo público.