UMUARAMA
A Polícia Civil prendeu na tarde desta quarta-feira (27) o homem acusado de matar a professora Viviane Brun, de 43 anos. A arma de fogo utilizada no crime também foi apreendida. A PC informou que em breve irá repassar os detalhes da prisão.
Conforme a Polícia Civil, o homem matou a tiros durante a madrugada a ex-companheira dentro de sua residência, na rua São Mateus, na Zona V, em Umuarama. A filha da docente, uma jovem de 21 anos, também foi baleada pelo homem ao tentar impedir que ele atirasse na mãe. Ela foi socorrida e encaminhada ao hospital com um ferimento grave na região da boca. O crime foi presenciado pelo filho da vítima, um menino autista de apenas seis anos, que ficou em estado de choque. A docente foi identificada como Viviane Brun.
O corpo de Viviane está sendo velado na Capela Mortuária de Tuneiras do Oeste desde as 18h de ontem (27). O sepultamento está marcado para as 10h desta quinta-feira (28) no cemitério local.
De acordo com a Polícia Milita (PM), após matar a ex-esposa e balear a jovem, o assassino enviou um áudio para o pai biológico dos filhos da vítima. No áudio ele confessa o crime, atribui a responsabilidade pelo relacionamento conturbado com a vítima à terceiros e diz que iria tirar a própria vida.
“Você e o […] acabou com meu relacionamento com a Viviane. Eu acabei de dar um tiro na cabeça dela e baleei a sua filha. Eu vou me matar, de boa, porque eu amo ela demais”, disse o homem
A morte da professora gerou grande comoção em Umuarama e região. Professores, alunos e amigos fizeram homenagens nas redes sociais.
“Em uma sala de aula você não era uma simples professora e sim uma mãe, amiga e até mesmo pastora. Os seus conselhos estão gravados em meu coração. Obrigado por ser essa pessoa incrível. Eu tenho a certeza de que o céu está em festa com a sua chegada. Te amamos. Melhor professora”, publicou um aluno nas redes sociais.
O Núcleo Regional de Educação (NRE) de Umuarama também lamentou a morte da servidora.
“Luto profundo pela querida Professora Viviane Brun. Com pesar, lamentamos profundamente o falecimento da nossa amada professora. Sua paixão pelo ensino e sua dedicação deixarão uma marca eterna”, destacou.
Viviane lecionava a disciplina de artes no Colégio Estadual Padre Manuel da Nóbrega e no Colégio Estadual Doutora Zilda Arns. Nas instituições, o clima é de luto. Em conversa ao Umuarama Ilustrado, uma aluna disse que alguns professores e alunos chegaram a passar mal no período manhã, sendo liberados.
O CRIME
De acordo com a Polícia Militar (PM), por volta das 4h30, a filha da vítima, em desespero, entrou em contato com a corporação através do número de emergência 190. Ela relatou que seu padrasto invadiu a residência, onde sua mãe e o irmão mais novo estavam presentes, portando uma arma de fogo.
Segundo a PM, ao ver que o homem iria atirar em sua mãe, a jovem tentou impedi-lo, momento em que foi baleada na região do maxilar. O ataque prosseguiu com o ex-marido disparando fatalmente contra a ex-companheira. O filho autista da mulher que estava dormindo ao lado dela presenciou tudo. A criança foi poupada pelo atirador, que após o crime fugiu do local em um veículo VW Golf prata, pertencente à vítima.
Conforme a PM, a filha da professora informou que a mãe e o padrasto estavam separados e não compartilhavam a mesma residência. A jovem explicou ainda que estavam enfrentando problemas com a fechadura da casa. A porta estava apenas segura por um sofá que elas usavam para mantê-la fechada, o que facilitou a entrada do ex-padrasto no imóvel.
Equipes policiais prestaram socorro e entraram em contato com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) para atender à filha ferida. Ela foi socorrida e levada ao Hospital Cemil, onde passou por uma cirurgia. Já professora teve seu óbito constatado pela equipe médica no local. Segundo a PM, a docente foi atingida com um tiro na cabeça.
A Polícia Militar isolou a cena do crime até a chegada dos peritos do Instituto de Criminalística e dos investigadores da Polícia Civil, que agora trabalham na investigação do crime. O corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para exames e procedimentos legais. Posteriormente foi liberado à família.
O menino autista de seis anos ficou sob os cuidados de seu pai biológico.