Umuarama

ESPERANÇA DE VIDA

“Eu só quero que ele tenha uma chance de viver e não fique vegetando em uma cama”

12/06/2019 15H29

ESPERANÇA DE VIDA “Eu só quero que ele tenha uma chance de  viver e não fique vegetando em uma cama”

Umuarama – “Eu só quero que ele tenha uma chance de viver e não fique vegetando em uma cama”. Esse desabafo vem da dona de casa Aparecida Camargo de Souza, de 57 anos, ao se referir ao neto Bruno Miguel, de apenas seis anos, que está com um tumor cerebral e luta contra o tempo para conseguir fazer uma cirurgia que o permita continuar apenas brincando.

O pequeno morador de Pérola, a 50 km de Umuarama, nasceu com hidroencefalia, e desde seu nascimento é um verdadeiro guerreiro. “Os médicos diziam que ele seria um monstrinho, pois eu sempre disse que queria esse monstrinho para mim”, relatou emocionada Aparecida, ao lado da filha e mãe de Bruno Miguel, Mary Cassieli, de 36 anos.

ESPERANÇA DE VIDA “Eu só quero que ele tenha uma chance de  viver e não fique vegetando em uma cama”

HIDROCEFALIA

Segundo mãe e filha, a hidrocefalia foi diagnosticada quando Mary estava no sétimo mês de gestação e de lá para cá tudo passou a ser para o bem do garoto. “Os exames mostravam que ele tinha problemas no coração, no fígado e nos pulmões, mas Nossa Senhora operou um milagre e ele nasceu com tudo isso curado. Isso é o resultado de fé e de muito joelho dobrado. Só ficou a hidrocefalia para a gente não perder a fé de que ele vai ficar bom”, enfatizou a dona de casa.

A hidrocefalia é o acúmulo excessivo de líquido cefalorraquidiano dentro do crânio, que leva ao inchaço cerebral.

Segundo a família, os neurologistas disseram que quanto maior o tumor ficasse seria possível perceber pequenas mudanças em Bruno Miguel. Atualmente o tumor cresce no lado esquerdo do cérebro do menino, paralisando o lado direito do corpo. “Ele começou a ter dificuldade de andar, perdendo a coordenação motora, a memória está falhando e está perdendo o interesse pelas coisas”, explicaram.

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PROCEDIMENTO

Inabalável em sua fé, Aparecida afirmou que não quer saber quanto tempo o neto vai ter de vida ou o que pode acontecer se a doença progredir. “Sempre digo para o médico para não me contar. Vejo outras crianças em situação mais grave do que a dele e agradeço a Deus por ele estar bem, mas sabemos que o Miguel precisa da cirurgia para continuar assim”, contou.

Procedimento custa cerca de R$ 32 mil e consiste em uma intervenção a laser que vai vazar o líquido para diminuir a pressão na caixa craniana e permitir que o cérebro cresça, que será feita por um neurologista de Maringá. “O médico disse que não vai tirar o líquido todo da cabeça, porque não poderia. Também não temos a garantia de que vai dar certo, mas temos que tentar”, afirmou a avó.

Aparecida teme que o neto no futuro fique igual a dois cunhados dela. “Meus sogros tiveram dois meninos que viveram por cerca de 19 anos vegetando na cama. Nunca puderam espantar uma mosca de cima deles porque só vegetavam. Foi muito triste. Não quero isso para ao Miguel. Pelo SUS a cirurgia demora muito e ele não tem esse tempo.

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APAE

Há dois anos Bruno Miguel passou a frequentar a Apae de Pérola, depois de uma convulsão na escola. “As professoras ficaram com medo. Ai levamos ele para a Apae. No primeiro momento veio o impacto, mas lá ele tem fisioterapia, fonoaudiologia e faz equiterapia. O avô até comprou um cavalo para ele, o “Neguinho”. Ele sempre gostou de galopar, queria fazer isso o tempo todo. Agora até nisso está perdendo o interesse. O avô chama para andar no Neguinho e ele responde que só no fim de semana. Corta o meu coração”, relatou entre lágrimas a avó.

O menino quando não está na escola, passa o tempo com a avó. A mãe trabalha em Umuarama e sai todos os dias bem cedo, retornando para casa já de noite. “Sabemos que é difícil, mas fazer o quê, né?!. Ela precisa trabalhar e eu não confio em deixar ele com outra pessoa, assim eles moram comigo, pois facilita”, relatou Aparecida. A família reside em uma chácara em Pérola. O marido é jardineiro e Aparecida cuida, além de Bruno Miguel, de outros dois netos e da sogra idosa.

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ALTO CUSTO

A família não tem o dinheiro para custear o tratamento e está realizando a rifa de um novilho e de uma cesta ao custo de R$ 10 cada número para levantar o dinheiro. “Só estamos fazendo isso porque não temos o dinheiro e temos a esperança de que o Miguel vai continuar bem”, afirmou a mãe do menino. Também está tentando organizar um bingo e para isso está em busca de local e arrecadando brindes para serem sorteados.

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A mancha negra corresponde ao tumor que cresce na cabeça de Bruno Miguel

SERVIÇO

Quem quiser ajudar comprando a rifa ou doando brindes para o bingo pode entrar em contato pelos telefones 44-99884-2604 (Mary) ou 44-98413-0813 (Danielle).

Quem preferir fazer a doação de qualquer valor pode ser através:

Banco Bradesco, Agência 0613, conta 1000275-3 em nome de Bruno Miguel Camargo Lopes de Souza