Umuarama

Doe Sangue

Estoque do Hemonúcleo de Umuarama cai 70% e pessoas podem morrer por falta de sangue

22/01/2021 09H46

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O Hemonúcleo de Umuarama precisa da ajuda da comunidade, pois o estoque de bolsas de sangue e derivados reduziu 70%. A queda de doação é preocupante, uma vez que as demais unidades do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar) também apresentaram redução de doadores, o que impossibilita a transição de bolsas entre as regiões em caso de falta.

De acordo com Cláudio Francisconi, coordenador do Hemonúcleo de Umuarama, com a pandemia do coronavírus e a chuva constante dos últimos dias a queda na captação de bolsas de sangue foi drástica, com isso das 300 bolsas de sangue semanais o número caiu para 90. A baixa no estoque dificulta o fornecimento de sangue para os hospitais de Umuarama, colocando em risco a vida dos pacientes.

“Para se ter noção, uma média boa de bolsas de sangue para o Hemonúcleo de Umuarama seria de 350 por semana, porém hoje estamos com 90 bolsas. Essa situação coloca em risco o paciente que precisa de sangue e se não houver bolsas essas pessoas podem morrer”, disse.

Ainda segundo Francisconi, o apelo para doação ultrapassa as fronteiras de Umuarama, pois além dos municípios da região, o hemonúcleo também atende cidades das regionais de Paranavaí, Cianorte e Toledo. “Precisamos que os moradores dos municípios da região e demais regionais atendidas por Umuarama venham doar. Entre em contato com a gente, se organize e venham doar, pois estamos precisando muito”, argumentou.

A falta está em todas os tipos sanguíneos e a orientação é para os familiares dos pacientes que estão recebendo sangue, também ajudarem na doação. “Apelamos para os familiares e amigos de pessoas que estão recebendo as bolsas de sangue em ajudarem a repor os estoques, pensando que outras pessoas também vão precisar”, alertou Francisconi

PLASMA

Além da doação de sangue, se você já foi infectado pelo coronavírus, pode ajudar no tratamento de outros doentes realizando a doação de plasma na Hemocentro de Umuarama. Os doadores precisam ter sido diagnosticados com a doença por meio de exames (sangue ou RT-PCR) e aguardar um período de 45 dias até 60 dias depois da recuperação antes da doação para obtenção do plasma.

O sistema imunológico da pessoa que foi contaminada pelo vírus, explicou a diretora-geral do Hemepar, Liana Andrade Labres de Souza, produz proteínas na corrente sanguínea para combater a doença – os chamados anticorpos. Sendo assim, após a recuperação do paciente infectado, os componentes sanguíneos com estes anticorpos podem ser coletados e utilizados em outras pessoas para auxiliar no tratamento.

MEDULA ÓSSEA

Além do sangue e do plasma, o número de doações de medula óssea caiu. Atualmente há 850 pacientes na fila de espera para o transplante de medula com a doação de não aparentados, ou seja, aquelas em que o doador não tem nenhum grau de parentesco com o receptor.

Para chamar atenção sobre a importância da doação de medula óssea e de outros órgãos, o mês de setembro é destacado com a cor verde e por meio da campanha Setembro Verde são realizadas ações e eventos para esclarecimento e conscientização da população sobre o impacto da doação como um ato de amor ao próximo e na vida de quem aguarda na fila por um transplante.

COMO DOAR?

O Hemonúcleo funciona para coleta das 8 horas às 11h30 e das 13h30 às 15h30. Para doar, o doador pode ir até a unidade munido de documentos, mas principalmente pode agendar o horário da doação pela internet, desta forma evitando aglomerações. O processo de agendamento online é feito pelos sites: www.saude.pr.gov.br/doacao ou www.pia.pr.gov.br.