Saúde
Uma especialidade da enfermagem pouco conhecida, a estomaterapia é fundamental para a qualidade de vida dos pacientes com estomias, feridas que apresentam dificuldade para cicatrizar, além dos que contam com quadro de incontinência anal e urinária. Os profissionais dedicados a esta área atuam tanto no intuito de prevenção, quanto no aspecto terapêutico e reabilitação.
Para Cleusa Aparecida Gutierre, a atuação da enfermeira estomaterapeuta, Andréia Cavalcante, do Hospital Uopeccan de Umuarama, foi fundamental para a retomada da sua vida, após um acidente de trânsito. Com fratura na tíbia, Cleusa passou por uma cirurgia e devido a situação da pele queimada no asfalto, onde permaneceu caída no dia do acidente, ela apresentou complicações para fechar a ferida. “Ao ver a situação da minha perna fiquei com medo, só tive segurança quando a Andréia chegou. Após a intervenção dela, comecei a apresentar melhoras. Foi bem difícil”, ressaltou.
Com a exposição da placa colocada na cirurgia para corrigir a fratura do osso, a ferida de Cleusa Gutierre levou mais de 100 dias para cicatrizar e segundo a entrevistada, se não fosse o atendimento especializado da estomaterapeuta o período de recuperação seria muito maior. “É uma vitória. Para quem viu minha situação dá para falar que eu renasci. Estou praticamente recuperada, voltei a trabalhar esta semana”, disse.
A enfermeira estomaterapeuta Andréia, explicou que a estomaterapia é uma especialidade da área de enfermagem, destinada ao cuidados especializados e personalizados de pacientes com estomias (procedimento cirúrgico para comunicação entre o órgão interno e o exterior), feridas agudas e crônicas, fístulas, cateteres e drenos. Da mesma forma, pacientes que apresentam quadro de incontinência anal e urinária.
Atuando em parceria com os médicos do Hospital Uopeccan de Umuarama, Andréia Cavalcante, ainda ressaltou que a estomaterapia não é só uma troca de curativo, a especialidade exige do profissional um olhar clínico e cientifico para o caso de cada paciente. “O profissional pode prevenir possíveis complicações, como também, fazer escolhas assertivas, como qual procedimento e prescrição de material a ser aplicado, entre outros fatores que geram um ganho de tempo no processo de cicatrização”, explicou.
Ainda segundo a especialista, as feridas não fecham por vários fatores e por isso a causa precisa ser estudada. “Se a ferida não fecha o problema de base não está sendo resolvido. Desta forma, não adianta passar pomada ou apelar para curas milagrosas. Entre os fatores que prejudicam a recuperação do paciente é a diabetes, problemas circulatórios, entre outros”, alertou Andréia.
Atuando também no consultório Excellence Care (44 98444-7527), na rua Doutor Camargo em Umuarama, Andréia finaliza ressaltando que a especialidade leva qualidade de vida ao paciente com necessidades de atendimento pela especialidade. “Podemos dizer que o estomaterapeuta é um profissional capaz de desenvolver o raciocínio clínico e científico, objetivando a escolha de métodos e técnicas em prol da recuperação do paciente e desta forma, reinserindo-os na sociedade precocemente”, noticiou.
Além de Cleusa, outro caso relembrado por Andréia foi de um paciente que estava a mais de um ano com uma ferida aberta, “Ele chegou sem perspectiva de cura, mas a cada troca de curativo sua lesão estava menor. Ver a alegria do paciente que voltou a sonhar, em ter esperança é realmente gratificante”, finalizou a entrevistada.