SAÚDE
Umuarama – Mais de 50 pessoas com diagnóstico e em busca de orientação sobre a fibromialgia participaram do dia de conscientização realizado nesta quinta-feira (16), no Centro da Juventude, em Umuarama. O evento foi uma ação da Associação Paranaense de Fibromiálgicos (Apafibro) e da Atenção Primária em Saúde (APS) da Secretaria Municipal de Saúde e da Legião Feminina de Combate ao Câncer (FLCC), em alusão ao Dia Nacional de Conscientização e Enfrentamento da Fibromialgia, celebrado em 12 de maio.
Segundo a presidente da Apafibro, Suely Sucupira, a ação teve vários objetivos, principalmente possibilitar um levantamento e cadastramento da quantidade de pessoas que sofrem com esse mal na cidade. “Nosso cadastro era antigo, de antes da pandemia. Com esses números em mãos podemos direcionar nossas ações”, explicou.
Quem foi ao local pode aferir a pressão arterial, medir a glicemia com alunos do curso de Técnico em Enfermagem do Colégio Estadual Hilda Kamal, maquiagem, com a equipe da Yes! Cosmetics Umuarama e ainda marcar mamografia que serão realizadas no Hospital Uopeccan e também confeccionar a carteirinha de identificação que permite entre outras coisas, prioridade no atendimento médico e em filas no geral, participação sem custo em palestras direcionadas e um valor diferenciado para participar de aulas de hidroginástica na Universidade Paranaense (Unipar).
Foi o caso da olericultora Mônica Betamelo, de 48 anos, que há mais de 10 anos convive com a fibromialgia. Ela contou que as dores são crônicas e constantes e se espalham por todo o corpo, o que a obrigou a mudar totalmente a sua rotina de vida e de trabalho. “Trabalhava na roça. Agora não aguento mais. Fico em casa, mas mesmo ai é complicado”, contou. Ela ficou sabendo da ação através de seu médico. “Ele me disse que haveria e achei importante vir, saber como é e fazer a carteirinha”, afirmou.
Suely Sucupira, da Apafibro, contou que até recentemente a entidade disponibilizava de graça atendimento médico e fisioterapia para quem tem laudo de fibromialgia, mas o serviço foi suspenso por falta de pacientes. “Acredito que as pessoas ainda precisam de informações sobre o que podemos oferecer”, afirmou Suely.
Segundo a enfermeira Débora Batista Almeida, da Atenção Primária de Saúde, as carteirinhas devem ficar prontas entre 15 e 30 dias e serão entregues diretamente na APS, localizada na sede da Secretaria Municipal de Saúde.
A FIBROMIALGIA
Vista como uma síndrome de sensibilização central da dor que causa redução do limiar e aumento da percepção da dor, gerando múltiplos pontos dolorosos por todo o corpo, a doença vai mais longe. Além do quadro de dor, o paciente pode apresentar manifestações de fadiga, alteração do sono, depressão, ansiedade e alterações intestinais.
Embora não haja cura, a fibromialgia tem tratamento e todos os sintomas podem ser controlados, com o restabelecimento da qualidade de vida.
A fibromialgia acomete mais as mulheres, que são de 75% a 90% dos pacientes, e muitas vezes é incapacitante. Por isso, os pacientes precisam de informação, apoio e alternativas para que possam ter uma vida mais confortável. No Brasil, a estimativa é de que existam 4 milhões de pessoas com a doença.
