Consciência
As equipes da Secretaria Municipal de Serviços Públicos têm tido trabalho extra, nos últimos meses, para limpar locais onde é proibido jogar lixo orgânico, entulho e resíduos diversos, e pessoas da comunidade tem desobedecido a determinação. É o caso da Estrada Jaborandi, dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Piava – manancial que abastece a cidade com água potável – e também a margem da rodovia PR-489, na altura do acesso ao Conjunto Habitacional Sonho Meu.
Semanalmente, a Prefeitura tem recolhido toneladas de lixo nesses pontos e, mesmo com a colocação de placas indicativas, orientando a população sobre a destinação correta dos resíduos, há reincidência. “Na Estrada Jaborandi, os moradores sabem que não podem colocar lixo orgânico nas lixeiras, pois não há coleta regular desse material. Nossos caminhões de lixo não podem trafegar pela estrada, por questões ambientais”, disse o secretário municipal de Serviços Públicos, José Guimarães de Melo.
As lixeiras fixadas pela Prefeitura na estrada destinam-se exclusivamente ao depósito de materiais recicláveis. “No entanto, encontramos restos de comida, animais mortos e todo tipo de resíduos, que ficam apodrecendo nas lixeiras, atraindo insetos e outros vetores de doenças, sem falar no mau cheiro, que às vezes se torna insuportável”, lamentou o prefeito Celso Pozzobom, que acompanha esta situação. “A população parece não se importar com a proximidade do local onde a Sanepar coleta a água que é distribuída, após tratamento, para toda a população consumir”, apontou.
O problema se repete na Estrada Jurupoca, também dentro da APA do Rio Piava, descartando lixo orgânico nas imediações da capela, e na entrada do Conjunto Sonho Meu. Nestas estradas, é permitido apenas o descarte de lixo reciclável. “O lixo orgânico deve ser transportado pelo morador até um ponto onde haja coleta regular. Muita gente utiliza as chácaras existentes nas estradas para festas, comemorações e eventos, e depois deixa o lixo lá mesmo, quando deveria trazer para a cidade até um ponto onde os caminhões passem fazendo a coleta”, orientou o secretário Guimarães.
Outra recomendação é aproveitar o lixo orgânico para fazer compostagem e depois utilizar em hortas e lavouras, nas propriedades rurais. “O que não pode e colocar lixo onde não existe coleta, porque a pessoa está criando um problema para o município e também para a sua própria saúde e dos vizinhos”, completou.
No Sonho Meu, o volume de lixo recolhido semanalmente chega a assustar. “Ali você encontra de tudo. A comunidade precisa entender que lugar de lixo é no aterro sanitário. Lá existe uma célula adequada para descarte de entulhos, móveis velhos e outros resíduos, área para galhos e folhas de árvores (resultante de podas e cortes) e a cooperativa dos catadores para os materiais recicláveis e eletrônicos”, completou o secretário.