Saúde
Umuarama somou mais 36 casos de dengue nesta semana, entre as 72 notificações registradas nos últimos dias pelo Serviço de Vigilância em Saúde Ambiental. Boletim divulgado nesta sexta-feira, 11, aponta aumento significativo no número de novos casos, comparados com dados das últimas semanas. Desde 1º de agosto (início do período sazonal) a cidade acumula 103 diagnósticos positivos para dengue. Não houve mortes ou casos graves da doença, porém alguns pacientes já necessitaram de cuidados médicos.
Outro dado importante do boletim é que a dengue já teve registros em 44 das 62 localidades em que a cidade é dividida para acompanhamento dos agravos na área de saúde – ou seja, 70% dos bairros já tiveram algum caso da doença. Na divisão por unidade básica de saúde (UBS), a situação é mais crítica na região do Centro de Saúde Escola (CSE), que acumula 38 casos e enfrenta um surto da doença.
Além do Jardim União (Cohapar I), as regiões da UBS Guarani/Anchieta, Posto de Saúde Central e Conjunto Sonho Meu também entraram em situação de alerta nesta semana, com o aumento de casos – respectivamente 5, 9, 10 e 4 positivos. A gravidade do quadro é dimensionada pela relação entre o número de positivos e o de habitantes na área de cada unidade de saúde.
Ainda sem nenhum caso confirmado estão as UBS Bem-Estar, 26 de Junho, Ouro Branco e os distritos de Serra dos Dourados, Lovat, Santa Eliza, Roberto Silveira, Nova Jerusalém e Vila Nova União. Nas demais UBS há casos de dengue, porém com baixa incidência. No ano o total acumulado de notificações é de 474 e atualmente 24 suspeitas estão em investigação, enquanto 347 já foram descartadas.
A dengue é uma doença febril grave, causada por um vírus transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti. No verão, com o aumento das chuvas e elevação das temperaturas, há o aumento na proliferação do vetor, que se reproduz em água parada.
Os sintomas de dengue, febre chikungunya e zika vírus (transmitidas pelo mesmo mosquito) são bem parecidos. Incluem febre acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele, manchas avermelhadas pelo corpo, náuseas, vômitos e dores abdominais. Ao sinal desses sintomas, a orientação é procurar imediatamente a unidade ou serviço de saúde mais próximo de sua residência.
Entre os locais mais propícios para a proliferação do mosquito estão recipientes expostos à água da chuva, como lixo, calhas e ralos entupidos, pratos e vasos de plantas, reservatórios de água para animais domésticos, ocos de árvore, bromélias, caixas d’água e lajes. Contudo, é recomendado ficar atento a potenciais criadouros internos, como vasos sanitários desativados, coletores de água da geladeira e do ar-condicionado, suporte de garrafão de água, entre outros.