Saúde
Em meio à trégua da pandemia do coronavírus no Brasil, a dengue volta a crescer em Umuarama e a população deve ficar alerta para eliminar os criadouros do mosquito Aedes aegypti. O alerta vem da Secretaria Municipal de Saúde por meio da Vigilância Ambiental, pois a maior parte dos focos da dengue está dentro das casas dos umuaramenses.
O levantamento da dengue é feito semanalmente em Umuarama e o último boletim, emitido no dia 24 deste mês, mostrou que os casos da doença estão crescendo a cada semana.
Na primeira semana de outubro a cidade tinha 24 casos confirmados de dengue e hoje a Capital da Amizade conta com 36 casos positivos. Já as notificações (casos descartados ou ainda em investigação) são 249.
O forte calor e a incidência de chuvas favorecem a reprodução do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. Por isso a Secretaria de Saúde e a Vigilância Ambiental reforça a necessidade de manter as casas e quintais limpos, livres de recipientes que possam acumular água.
As localidades com maior número de casos confirmados é a região dos bairros Guarani, Posto Central e Praça Anchieta (5 casos); Panorama (4 casos); Centro Saúde Escola e Serra dos Dourados (3 casos); Vitória Régia, Sonho Meu, Jardim Cruzeiro (2 casos); São Cristovão, San Marino, Jardim União, Bem Estar Social, 26 de Junho, Primeiro de Maio e Zona Rural (1 caso).
Entre tantos possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti já existentes, a Vigilância Ambiental identificou que o inseto agora está usando os bueiros como local para procriar. Antes o pernilongo criava em água parada e limpa, porém agora também coloca seus ovos em água suja. Um exemplo disso é que os agentes de endemias já encontraram larvas em recipientes com tinta, água podre, óleo e graxa.
Ao identificar um caso positivo no município, a vigilância realiza os bloqueios químicos agora com o novo veneno Cielo. Porém, a pulverização do inseticida só ataca os pernilongos que estão voando. Outra forma de combate e que vem sendo realizada em Umuarama é a vistoria de pontos estratégicos, como em ferro velhos. Nestes locais os agentes passam a cada 15 dias e colocam um inseticida que pode durar até 60 dias.
O drone também vem sendo uma ferramenta para sobrevoar locais de difícil acesso. O trabalho é feito duas vezes por semana.
O mosquito se prolifera em locais que acumulam água parada limpa ou suja; os focos estão nos quintais das residências, nos pratos de plantas, ralos, pneus, garrafas, lixeiras, lajes, sucatas e restos de materiais de construção, entre outros.
Os principais sintomas da dengue são febre alta, com início súbito, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dor muscular e nas articulações, perda de paladar e de apetite, náuseas e vômitos, cansaço e erupções e manchas avermelhadas pelo corpo.
A Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde encerrou no dia 25 de julho deste ano o ano epidemiológico da dengue iniciado em 28 de julho de 2019. Neste período foram contabilizados em Umuarama 6.375 casos confirmados da doença, além de uma morte.