VIDA E SOLIDARIEDADE
Conhecida por desenvolver com seriedade e amor o projeto social Vida e Solidariedade há mais de 30 anos com crianças em situação de vulnerabilidade no Parque Industrial e bairros adjacentes, a aposentada Maria do Carmo da Silva, a querida Dona Maria da Sopa, precisa de ajuda.
A entidade mantida por ela precisa de recursos ou padrinhos para garantir o funcionamento das aulas em contraturno e de atividades como artesanato, informática, musicalização e jiu-jitsu. O dinheiro é para garantir o pagamento dos professores e funcionários, como cozinheira e assistente social e os encargos sociais decorrentes. O projeto também busca a contratação de uma psicóloga, mas está esbarrando no orçamento mais que apertado.
Atualmente o único recurso fixo é uma subvenção de R$ 10 mil recebido da Prefeitura de Umuarama. Esse dinheiro já é usado para essas despesas, mas não está sendo suficiente. Segundo a coordenadora da entidade Vida e Solidariedade, Sandra Pinheiro, a associação tem também o Nota Paraná, que gera renda e está no aguardo de um repasse anual de R$ 26 mil a título de emenda impositiva através da Câmara de Vereadores, mas mesmo assim não é suficiente.
APADRINHAMENTO
“Gostaríamos da colaboração com doações ou o apadrinhamento de empresários e pessoas da comunidade a nossas crianças ou a um dos projetos que desenvolvemos”, afirmou Dona Maria da Sopa, que aos 90 anos, ainda trabalha diariamente na entidade.
Quem vai até o local a encontra com facilidade na cozinha, onde são preparadas 750 marmitas semanais que são distribuídas as famílias carentes, além do café da manhã e tarde e almoço serviço para a garotada atendida diariamente no projeto. “Graças a Deus, nunca faltou comida para eu preparar e distribuir”, afirmou a idosa devota de Nossa Senhora Aparecida.
VOLUNTÁRIO
Dona Maria conta que ao longo dos anos, saíram de seu projeto empresários locais, uma atleta destaque de jiu-jitsu e até uma estudante de medicina. “Eu sempre cuidei para fazer a comida. Eu via os pais ganharem alimento e trocar por bebidas e outras coisas e as crianças ficarem com fome. Então sempre priorizei a refeição. No início era sopa mesmo e Deus sempre foi muito bom que nunca faltou alimento para eu fazer e servir”, contou.
Esse trabalho voluntário começou em 1.996, quando aos 65 anos ficou viúva. “Eu já era aposentada e passei a receber a pensão do meu marido. Então comecei a usar parte desse dinheiro para fazer a sopa a distribuir para as crianças do bairro”, explicou. Dona Maria da Sopa é moradora antiga do Parque Industrial e hoje o seu projeto atende diariamente crianças de outros bairros próximos como Jardim Arcco-Íris, Pimentel, Alto da Glória, Viveiros e os localizados atrás da Havan.