POLICIAL
No último sábado (23), Mayco Souza Moretti, de 35 anos, o homem responsável por manter um idoso de 65 anos e um adolescente de 16 anos como reféns por quase 13 horas em uma casa na vila rural de Ivaté, foi transferido para um presídio federal. Essa transferência ocorreu em cumprimento a uma das exigências feitas por Moretti como condição para a libertação dos reféns.
Moretti estava fugindo há 5 dias de um cerco policial após um confronto com a Polícia Militar no dia 17 deste mês, que resultou na morte do cabo Reinaldo Garozi, comandante de uma das equipes Rotam da PM de Cianorte. Ele era o último envolvido nesse confronto que ainda não havia sido capturado.
Reféns
A invasão à casa das vítimas na vila rural de Ivaté ocorreu durante a madrugada da última sexta-feira, durante uma tentativa de fugir do cerco policial. Após serem libertos, o idoso e o adolescente foram atendidos inicialmente pelos socorristas do Corpo de Bombeiros e, posteriormente, encaminhados para o Pronto Atendimento Municipal. Apesar do abalo emocional, ambos não ficaram feridos.
As negociações com o criminoso foram conduzidas pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope) de Curitiba e contaram com a presença de um advogado contratado pela família do suspeito, além de um representante do Ministério Público. As negociações foram encerradas após a garantia de que Moretti seria transferido para uma prisão federal.
Porém, antes de ter sido levado para a penitenciária em Maringá, Moretti foi levado para a delegacia da Polícia Civil de Umuarama, onde foi autuado em flagrante pelos crimes de sequestro, cárcere privado e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. Posteriormente, ele foi levado para a Penitenciária Estadual de Maringá, onde aguardou até o dia seguinte a autorização judicial que fosse transferido para um presidio federal.
O local para onde o criminoso foi levado não foi informado por questões de segurança.
O secretário de Estado de Segurança Pública, coronel Hudson Teixeira, disse que agora o trabalho está sendo conduzido pela Polícia Civil para identificar e levar à justiça todos os envolvidos que auxiliaram na fuga de Morette.
Até o momento, dez pessoas já foram identificadas, incluindo os três suspeitos mortos durante confrontos anteriores com a Polícia Militar em Cianorte e Terra Boa. Sete suspeitos, incluindo Morette, estão sob custódia da polícia.