MERCADO
Após dois meses de retração – período de pleno cenário da pandemia do coronavírus – o setor da construção civil e imobiliário de Umuarama apresentou retomada nas transações financeiras, no fechamento de abril. Em entrevista ao jornal Umuarama Ilustrado, os corretores Caetano Amadeu Verrilo Filho e Otávio Laino, da Imobiliária Caetano & Otávio, fizeram uma explanação do mercado e observam um cenário animador para o segundo semestre do ano.
Conforme dados da Diretoria de Planejamento Urbano, da Prefeitura de Umuarama, o setor da construção civil registrou um alto índice de aprovação de projetos em abril, fechando o mês com o melhor desempenho, para o mesmo período, desde 2015. Ao todo foram com 22.024 m² de projetos aprovados.
Num cenário de investimento, o administrador de empresa e corretor de imóveis, Caetano Amadeu, explica que as aplicações financeiras, devido as reduções de taxas, estão apresentando queda de rentabilidade e não supera o retorno de uma locação de imóvel. “Por exemplo, no começo da pandemia, muitas pessoas ficaram assutadas, pois não sabíamos o que aconteceria. Porém, após o mês de março, tivemos uma reorganização da nossa carteira de alugueis, que não chegou a 20% dos nossos clientes. Mesmo dentro dessas pequenas negociações, não tivemos inadimplência”, explicou.
Segundo corretor de imóveis e advogado, Otávio Laino, cada setor deve ser estudado pontualmente neste momento. “No caso da construção civil, o setor continua trabalhando e muitas casas e prédios estão sendo construídos. Além disso, a queda da taxa de juros, oferta de crédito barato e carência estendida animam o setor imobiliário. Por isso, estamos otimistas visando as negociações de compra e venda. Sempre terá alguém vendendo e alguém comprado”, ressaltou.
O diretor de Planejamento Urbano, Antônio Carlos Lavagnini, acrescentou que outros setores importantes do mercado também são beneficiados na esteira da construção civil e transações imobiliárias, como a mão de obra (geração direta de empregos), comércio de ferragens, materiais de construção, madeiras, acabamentos, hidráulico, elétrico, corretagem, financeiras entre outros. “Também podemos acrescentar as áreas de decoração, móveis e eletrodomésticos, pois casa nova geralmente pede uma renovação na mobília”, comentou.
De acordo com informações da Agência do Trabalhador, da Secretaria de Indústria, Comércio e Turismo da Prefeitura, o setor da construção civil – ao lado de supermercados e hospitais – foi de fato responsável pelo maior volume de contratações de trabalhadores em abril, que resultou no saldo de 85 vagas ocupadas no mercado de trabalho.