Seca
Dados da Sanepar revelam que não há previsão de racionamento de água potável e nem rodízio para Umuarama. Entretanto, o consumo dos umuaramenses aumentou em 8% no mês de setembro, se comparado com os primeiros quinze dias de agosto. Desta forma, a companhia faz um alerta para a necessidade de realizar o consumo racional, pois a cidade passa por um dos maiores períodos de seca dos últimos 20 anos, conforme mapa do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar).
Com a elevação das temperaturas e o tempo seco em Umuarama e toda região, o consumo de água pelos umuaramenses aumentou em 8% nos primeiros quinze dias de setembro, se comparado com o mesmo período de agosto. Porém, esse consumo já havia apresentado uma leve elevação de 3% com a pandemia do coronavírus e as pessoas permanecendo maior tempo dentro de casa.
A elevação do consumo ainda não afetou significativamente o abastecimento da cidade, informou a assessoria da Sanepar. Mas a estiagem que vem a solando o Paraná, desde o início do ano, pede atenção dos consumidores. “No momento não temos previsão de racionamento e nem rodízio no abastecimento na cidade de Umuarama. Com o consumo elevado, o que pode ocorrer são quedas de pressão na rede de distribuição em horários de pico. A população pode colaborar fazendo o uso racional da água”, ressaltou a Sanepar, em nota enviada a redação do Ilustrado na manhã de terça-feira (15).
Ainda segundo a companhia, algumas ações da comunidade podem ajudar na economia da água, como a redução do tempo no banho, o reúso da água do enxágue da máquina e tanque de lavar roupa, como também, evitar o uso de mangueira para “varrer” a calçada e além de outras mudanças nos hábitos de consumo.
A Sanepar ressaltou que as ações estão sendo desenvolvidas no rio Piava, manancial que abastece Umuarama, como execução de curva de nível, manutenção em terraceamento e nas caixas de contenção de águas pluvial e dragagem contínua na barragem de captação, o que contribuí para que a queda de vazão no rio fosse pequena, não afetando o processo de captação.
O Índice Padronizado de Precipitação do Simepar, mostra que nas localidades das regiões Oeste, Central, Sul, Centro-Sul, RMC e Litoral a ocorrência é de estiagem extrema, a maior em 50 anos. Nas demais, o nível varia de estiagem leve (a pior dos últimos três anos), para moderada (10 anos) a forte (20 anos). Mesmo com a previsão de pancadas de chuvas, a seca deve prolonguar até as próximas chuvas de verão, entre dezembro e fevereiro do ano que vem.