Umuarama

Esperança

Comércio inicia movimentação para sair do vermelho, visando o Dia das Mães

29/04/2020 14H59

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O declínio econômico mundial empregado pela pandemia do coronavírus também vem afetando o comércio de Umuarama. Mesmo com a movimentação em supermercados, bares e lanchonetes, os demais setores vêm sofrendo com a queda nas vendas. O Dia das Mães, a data de maior consumo depois do Natal, está sendo observada como o momento para as empresas tentarem estabilizar as contas.

Para atrair os consumidores, que pretendem presentear as mães – mesmo evitando a aglomeração de festas e confraternizações – algumas empresas já estão trabalhando as vitrines e opções de pagamentos diferenciados. A expectativa é que o comércio de vestuários, sapatos, perfumes entre outros alavanque vendas, após período de quarentena do coronavírus.

ACIU

Segundo o presidente da Associação Comercial, Agrícola e Industrial de Umuarama (ACIU), Orlando Luiz Santos, a cidade está às vésperas de um Dia das Mães atípico. “Nosso comércio está se adaptando, assim como os demais segmentos. Inclusive isso tem sido abordado na Semana de Gestão, com palestras 100% online”, ressaltou.

Ainda segundo o presidente da Aciu, mesmo com a atual situação a criatividade dos comerciantes e comerciários valem nesta hora, sem deixar para trás a necessidade de seguir as regras dos decretos municipais em relação a prevenção do coronavírus. “É importante destacar que os associados capricharam mais do que nunca nos preparativos, com opções e promoções que fazem jus à época em que homenageamos a pessoa mais importante do mundo”, disse.

Indicador de consumo cai 6,1%

Conforme a Intenção de Consumo das Famílias (ICF), aferida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), teve redução de 6,1% em abril.

O indicador passou de 116,4 pontos em março para 109,3 pontos em abril, interrompendo a tendência de alta que vinha ocorrendo desde outubro de 2019. Os dados foram coletados nos últimos dez dias de março e já refletem a crise causada pelo coronavírus não só na área da saúde, mas também na economia.

A queda da ICF no Paraná foi mais acentuada do que a média brasileira, que passou de 99,9 pontos em março para 95,6 pontos em abril. Apesar da diminuição acentuada na intenção de consumo dos paranaenses, o indicador ainda se mostra mais elevado do que os padrões nacionais.

Análise por faixa de renda

As famílias com maior renda são as que estão se sentido mais impactadas pela crise da Covid-19 no estado. A ICF baixou 11,5% entre aqueles com renda familiar mensal superior a dez salários mínimos. O que mais preocupa as classes A e B é a questão do trabalho. A segurança no emprego teve um desgaste de 11,8% entre as famílias com renda superior a dez salários mínimos. O subindicador perspectiva profissional sofreu um abalo de 26,6% de março para abril. Por consequência, a perspectiva de consumo propriamente dita caiu 32,7% entre as famílias mais abastadas.