Umuarama
Com o colapso do sistema de saúde de Umuarama e região, a 12ª Regional de Saúde vai intensificar a fiscalização nas instituições de saúde sobre a proibição de realizar cirurgias eletivas. A ação visa manter o pouco estoque de medicamentos para serem destinados às cirurgias de urgência e emergência e atendimento de pacientes com covid-19.
A suspensão das cirurgias eletivas já é determinada pelo decreto estadual 6983/2021, porém a diretora da 12ª Regional de Saúde, Viviane Herrera, ressaltou que vai adotar medidas severas de fiscalização a partir de hoje. “Os medicamentos estão acabando e não tem onde comprar. Os pacientes precisam desses anestésicos para cirurgias cardíacas, nefrologia, oncologia, obstetras e covid-19. Vamos fazer o decreto estadual valer. Está proibida qualquer cirurgia eletiva”, exclamou
O pouco medicamento que resta será utilizado para os pacientes que estão internados para procedimento de urgência e emergência, como procedimento covid. “Em virtude dessa falta de medicação vamos apertar a fiscalização nos hospitais. Todo e qualquer medicamento será poupado para urgência e emergência e paciente covid”, explicou Viviane Herrera.
O alto índice de contágio do coronavírus em Umuarama e região, como também, a gravidade dos pacientes superlotou os hospitais e vem sobrecarregando toda a estrutura da saúde local e regional. O problema é nacional e afeta também a indústria do remédio, que não consegue produzir por falta de insumos. “Todos seremos afetados. Antes alguns falavam que só morre por covid, agora vamos ter morte por outras patologias, infelizmente. A falta de anestésico atinge todo o sistema de saúde”, falou a diretora.
Só no último fim de semana a 12ª Regional de Saúde registrou a morte de 11 pessoas que estavam internadas em alas covid-19 nos hospitais e Pronto Atendimento de Umuarama.
Dos registros de morte por covid-19 levantados pelo Governo Estadual, o último fim de semana foi o mais trágico para o sistema de saúde de Umuarama, quando registrou sete óbitos no Hospital Uopeccan, três no Hospital Cemil e uma morte no Pronto Atendimento (PA). Além da falta de medicamentos, principalmente anestésicos.