Educação
A Secretaria da Educação e do Esporte do Paraná prorrogou até sexta-feira (30) o prazo de votação na consulta pública para decidir sobre a migração de 216 escolas tradicionais para o modelo cívico-militar. Entretanto, em Umuarama, o Colégio Estadual Zilda Arns encerrou a votação e o resultado foi favorável à implantação do novo modelo de escola.
Segundo informação do Núcleo Regional de Umuarama (NRE), a votação no Colégio Estadual Zilda Arns, localizado no bairro Parque San Remo, foi finalizada na noite quarta-feira (28) com a participação de 321 votantes, sendo que, 240 votaram para o sim e 81 para não. Desta forma, 75% da comunidade escolar do colégio aprovou o modelo cívico-militar.
Em Umuarama ainda é esperado a conclusão da votação de mais dois colégios o Padre Manuel da Nobrega (Zona VI) e Estadual Monteiro Lobato (Zona II). A expectativa da chefe do NRE de Umuarama, Gilmara Zanata é que a votação encerre na noite desta quinta-feira (29).
Segundo o governo do Paraná, o modelo de escolas cívico-militares vai proporcionar mais aulas aos estudantes, aprimorando a qualidade do ensino. “Teremos aulas adicionais de Português, Matemática e Civismo, para estudar leis, Constituição Federal, papel dos três poderes, ética, respeito e cidadania. Os alunos vão estudar mais”, explica Renato Feder, secretário da Educação e do Esporte. No Ensino Médio, haverá, ainda, a adição da disciplina de Educação Financeira.
Além de questões curriculares, outra mudança trazida pela nova modalidade de ensino, que será aplicada em escolas do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e no Ensino Médio, é a gestão compartilhada entre civis e militares.
O diretor-geral e o diretor auxiliar permanecem sendo civis e as aulas continuam sendo ministradas por professores da rede estadual, enquanto o diretor cívico-militar será responsável pela infraestrutura, patrimônio, finanças, segurança, disciplina e atividades cívico-militares.
Haverá, também, de dois a quatro monitores militares do Corpo de Militares Estaduais Inativos Voluntários (CMEIV), conforme o tamanho da escola.
Fazem parte da comunidade escolar professores, funcionários e pais de alunos matriculados na instituição. Caso o estudante seja maior de idade (18 anos), também participa da consulta. Para votar na consulta pública é necessário levar documento pessoal com foto, e recomenda-se que cada pessoa leve sua própria caneta.
Pais ou responsáveis votam de acordo com o número de estudantes matriculados sob sua tutela na escola, ou seja, uma mãe com três filhos pode votar até três vezes.
Estão sob consulta da comunidade colégios em regiões com alto índice de vulnerabilidade social, baixos índices de fluxo e rendimento escolar, conforme a legislação aprovada pela Assembleia Legislativa. As escolas também precisam estar em municípios com ao menos duas escolas estaduais na área urbana.