EM IPORÃ
Um centro terapêutico particular para tratamento de dependentes químicos foi interditado durante uma fiscalização do Ministério Público na manhã desta segunda-feira (27), em Iporã. Cinco pessoas, sendo a proprietária da clínica, 64 anos, e quatro funcionários foram presos em flagrante, acusados de cárcere privado e lesões corporais. Todos devem passar nesta terça-feira (28) por audiência de custódia, para saber se a Justiça mantém ou não a prisão.
Segundo o delegado da Polícia Civil em Iporã, Felipe Martins, até o início da noite de segunda-feira, um dos pacientes, um homem de 43 anos, já havia prestado depoimento. Outras diligências devem ser conduzidas nos próximos dias para esclarecer toda a situação. Com acusados presos, o prazo para a conclusão da investigação é de 10 dias.
Segundo Martins, o flagrante de irregularidades ocorreu durante uma fiscalização rotineira do promotor público na clínica, que fica na Estrada Santa Helena, antigo distrito de Oroitê, já na área rural do Município. O Ministério Público tem entre suas atribuições a fiscalização de casas de saúde.
No local o promotor encontrou pacientes que estariam sendo mantidos no local contra a vontade. Ele solicitou apoio da Polícia Militar e acionou a Polícia Civil. “Aqui na delegacia, entendi que a situação era de um flagrante de cárcere privado”, explicou. Três mulheres, com idades de 28, 45 e 64 anos e dois homens, de 35 e 36 anos, estão recolhidos na cadeia pública.
Segundo o delegado, os relatos são de que as agressões físicas ocorriam quando os pacientes tentavam sair da clínica.
Segundo o delegado, o centro terapêutico funciona a pelo menos dois anos no local e atende cerca de 60 pacientes, entre homens e mulheres. Com a interdição, o Município já foi acionado para proceder a retirada de todos do local. As famílias estão sendo contatadas para buscar seus parentes.
