EM UMUARAMA
Os investimentos feitos pelo Hospital Cemil na ampliação e melhorias das suas instalações, incluem também a produção de um elemento essencial e que jamais pode faltar em um hospital: o oxigênio. Atualmente, o exemplo dos prejuízos com a falta de oxigênio vem de Manaus (AM) e outras cidades de Norte, onde o desabastecimento do produto está levando pacientes à morte por asfixia.
Distante desta situação, há 12 anos o Hospital Cemil de Umuarama passou a investir na sua usina própria de produção de oxigênio e, em 2019 ampliou a capacidade triplicando a produção. O diretor do hospital, Dr. João Jorge Hellú, diz que a usina é uma das mais modernas do Paraná e hoje em dia produz 580 metros cúbicos de oxigênio ao dia, enquanto o consumo diário do Cemil é de 400 metros cúbicos ao dia. A economia com a produção própria também é positiva para o hospital, pois está em torno de 50%. “Não fossem a distância e os problemas de logística, o Cemil conseguiria enviar o excedente da produção para as cidades com falta do produto na região Norte do País”, comenta.
Na opinião do Dr. João Jorge, assim como é obrigatório todo hospital manter a geração própria de energia elétrica, para suprir o abastecimento quando ocorre a queda no fornecimento da Copel, por exemplo, também deveria existir uma lei obrigando os hospitais a terem produção própria de oxigênio, para evitar problemas graves como os que estão ocorrendo no Norte do País.
A estrutura
A instalação da usina não requer muito espaço, apenas um reservado para a instalação das máquinas que captam o ar que respiramos e que possui em torno de 21% de oxigênio em sua composição. Na usina, ocorre o processo de transformação com a eliminação de todas as impurezas do ar, a compressão e concentração do oxigênio. Na sequência, junto com o ar comprimido, também produzido na mesma usina, segue pela canalização até UTIs e outros leitos para ajudar a salvar vidas.
Com a pandemia do coronavírus, aumentou o consumo do oxigênio medicinal, principalmente nas UTIs e salas de emergências, pois a Covid-19 ataca os pulmões e provoca a falta de ar nos pacientes, por isso, passa a ser necessária a complementação do sistema respiratório do paciente. Normalmente, isso ocorre quando a oxigenação está abaixo de 90%. Daí os níveis são elevados até o paciente se recuperar e voltar a respirar sem o uso de equipamentos.
A diretora administrativa do Cemil, Renilde Alvarenga, reforça a importância da produção própria de oxigênio e lembra que o Cemil é hoje um dos hospitais mais modernos do Paraná em seu corpo clínico, estrutura física e equipamentos. “É nosso lema, investir para garantir qualidade e segurança no atendimento aos pacientes”, completa.