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Saúde

Umuarama e região registram quatro casos de meningite e população fica em alerta

26/03/2019 08H40

meningite-umuarama

Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SESA) mostram quatro casos registrados de meningite na 12ª Regional de Saúde, que compreende a região de Umuarama. Os registros forma em Umuarama, Cruzeiro do Oeste e Iporã. Segundo a assessoria de administração municipal, cuidados devem ser tomados pela população.

Na última semana uma criança de oito anos, moradora de Cruzeiro do Oeste, foi registrado com meningite bacteriana. Conforme a Secretaria de Saúde de Cruzeiro do Oeste, a criança ainda está internada e o quadro é estável. O caso chamou a atenção e assustou os pais da região Noroeste.

Conforme a SESA, o Paraná conta com 279 registros de meningite e 21 mortes ocorridas pela doença, e a meningite é geralmente causada por uma infecção viral, mas também pode ter origem bacteriana ou fúngica. Além, ainda, por outros microrganismos, como parasitas, ou até por complicações de outras doenças, entre elas o sarampo e a pneumonia.

CUIDADOS

Por suas várias facetas, a Secretaria de Saúde orienta para importância de todas as pessoas estarem com as vacinas em dia, para ficarem imunizadas contra meningite de forma direta e indireta. As vacinas podem prevenir algumas formas de meningite.

A maior ocorrência da meningite está entre as causadas por vírus (60%), que costuma ser a forma benigna, com boa evolução para cura. Outros 30% são causados por bactérias – existem mais de 200 que podem provocar a doença. Elas ocorrem por complicações de outras doenças ou são transmitidas pelo contato entre pessoas. Os 10% restantes são causados por fungos ou protozoários.

VACINAS NO MUNICÍPIO

As vacinas disponíveis na rede pública de saúde de Umuarama são: a meningocócica C (protege contra meningite tipo C), Haemophilus influenza tipo B (protege contra meningite por haemophilus), pneumocócica 10 (protege contra alguns tipos de meningites)

O que é meningite?

É uma doença atinge o sistema nervoso, caracterizada por um processo inflamatório que atinge a membrana que envolve o cérebro e a medula espinhal das pessoas.  Mais frequentemente é ocasionada por vírus ou bactéria. É importante pela severidade de alguns casos que podem evoluir a óbito ou a um dano no cérebro mais grave deixando sequelas. O tipo de tratamento depende do agente que causa a doença: vírus, bactéria, fungos, parasitos, outros. Nas meningites bacterianas é importante conhecer o tipo de bactéria envolvida de forma a possibilitar o tratamento correto. Para isso é necessário realizar exames para confirmar a meningite.

Quais os sintomas?

Febre alta e persistente, dor de cabeça por vezes insuportável, dor na nuca podendo ocasionar rigidez no pescoço, vômitos, perda do apetite, sonolência, confusão mental, agitação, grande sensibilidade à luz. Pode apresentar ainda manchas no corpo, diarréia, crises convulsivas, coma. As crianças normalmente permanecem quietas, pouco ativas. No caso das meningites bacterianas a evolução é muito rápida, podendo agravar em horas. O paciente necessita receber o antibiótico o mais rápido possível.

As meningites causadas por vírus são as mais frequentes. Em geral é de menor gravidade, embora alguns vírus apresentam casos graves, por vezes fatais. Normalmente evolui em 5 a 10 dias para a cura. Raramente deixam sequelas.

O diagnostico?

É de suma importância proceder ao diagnóstico e tratamento precoce. O paciente deve procurar o serviço de saúde, logo que apresentar os sintomas, pois no caso das meningites bacterianas, a introdução precoce do antibiótico reduz o risco de morte em 15%. Para o diagnóstico é necessário realizar a coleta de líquido cefaloraquidiano e de sangue de forma a identificar a bactéria, vírus, fungo, ou seja, o agente causador da doença.

Como se transmite?

A doença se transmite de uma pessoa para outra pela tosse, espirro e pelas mãos sujas, no caso de alguns vírus, isto é, vias fecal-oral, oral-oral, respiratória.

Como previnir?

  • Lavar as mãos frequentemente – ao chegar do trabalho, antes de preparar, servir ou comer alimentos: depois de usar o banheiro, após auxiliar uma criança a utilizar o banheiro, após trocar fralda, após assoar o nariz, tossir ou espirrar, proteger o nariz e a boca com o braço ao espirrar ou tossir;

  • Não secar as mãos em toalhas úmidas. Em local coletivo utilizar de preferência toalhas descartáveis;

  • Manter o ambiente limpo e arejado;

  • Alimentos: lavar e desinfetar as frutas e verduras;

  • Limpar os reservatórios de água de abastecimento com solução clorada;

  • Utilizar filtro ou bebedouro para água potável;

  • Desinfetar filtros e bebedouros regularmente com água clorada;

  • Separar os utensílios de uso individual, em especial das crianças.