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Saúde

Câncer do colo do útero é o terceiro mais comum em mulheres, Uopeccan faz alerta

03/01/2023 08H50

Jornal Ilustrado - Câncer do colo do útero é o terceiro mais comum em mulheres, Uopeccan faz alerta

O ano já começa colorido: o Janeiro Verde é o mês dedicado para a prevenção contra o câncer do colo do útero que, segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer) é o terceiro mais comum entre a população feminina, deixando de lado o câncer de pele não melanoma, e também a terceira causa de morte em mulheres pela doença no Brasil.

“A infecção persistente pelo HPV (Papilomavírus Humano) do tipo oncogênico é uma condição necessária para o desenvolvimento do câncer de colo uterino, sendo esse o principal fator de risco. Outros fatores também são: início da atividade sexual em idade precoce, múltiplos parceiros sexuais, uso de anticoncepcional oral entre outros”, explica o cirurgião-oncológico e oncoginecologista da Uopeccan de Cascavel, Paulo Dondoni.

Apesar dos dados que chamam a atenção, a doença pode ser evitada com medidas aparentemente simples, mas eficazes: vacinação contra HPV, exame de Papanicolau (preventivo) e uso de preservativo.

Ainda segundo o médico, a vacina é essencial. “A vacina contra HPV reduz em torno de 80% o surgimento das lesões precursoras do câncer do colo uterino, ela deve ser realizada antes do início da vida sexual ativa”.

A recomendação é para que meninas de 9 a 14 anos recebam as duas doses da vacina e meninos com idades entre 11 a 14 anos também recebam, conforme o calendário de vacinação do SUS. Ainda que esse câncer em específico não atinja homens, eles podem transmitir o HPV para mulheres.

Como detectar o câncer do colo do útero

Nas fases iniciais da doença, o câncer uterino é assintomático. Por isso, o exame Papanicolau deve ser feito com a periocidade indicada: todas as mulheres que têm ou já tiveram atividade sexual, especialmente mulheres entre os 25 e 59 anos. Caso não apresente alteração, o exame deve ser feito no ano seguinte e, se novamente estiver normal, deve ser feito de 3 em 3 anos, conforme o Ministério da Saúde. Para fazer o exame, basta procurar a Unidade Básica de Saúde (Posto de Saúde) mais próxima e agendar.

Já em casos mais avançados, os principais sintomas incluem: sangramento vaginal anormal, sangramento menstrual mais prolongado que o habitual, secreção vaginal incomum, com um pouco de sangue, dor na região pélvica. Em casos de dúvida, a principal orientação é para sempre buscar um médico especialista na área.