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MÊS DA MULHER

Câmara de Cruzeiro lança Procuradoria da Mulher para defesa e promoção dos direitos femininos

10/03/2023 15H49

Jornal Ilustrado - Câmara de Cruzeiro lança Procuradoria da Mulher para defesa e promoção dos direitos femininos
A procuradora e vereadora Rosy Anne Almodovas Rodrigues Ribeiro

A Câmara Municipal de Cruzeiro do Oeste lança neste mês de março a Procuradoria da Mulher para atuar na defesa e promoção dos direitos femininos. As ações serão por meio da elaboração de políticas públicas e de campanhas de combate à violência contra a mulher e de igualdade de gênero. O órgão legislativo foi criado através da Resolução nº 7/2021.

O lançamento no mês de Março também é uma forma de homenagear as mulheres, em alusão a comemoração ao Dia Internacional da Mulher, no próximo dia 08. Para a primeira gestão, foram escolhidas as vereadoras Rosy Anne Almodovas Rodrigues Ribeiro, como procuradora e Maria Aparecida Dosso Ferreira, como procuradora adjunta. O mandato é de dois anos.

A Procuradoria é mais uma alternativa para a mulher cruzeirodoestana buscar seus direitos com acesso gratuito e confiável através do fone 3676-1509 onde será acolhida e direcionada para o setor responsável.

Entre as funções da Procuradoria está a de realizar campanhas, como a que já está na praça, que visa dar divulgação ao órgão, mas também orientar quem precisa de auxílio por onde começar a buscar ajuda, principalmente as mulheres em situação de vulnerabilidade em razão da violência doméstica ou mesmo em ambientes de trabalho.

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A procuradora adjunta e vereadora Maria Aparecida Dosso Ferreira

Levantamento divulgado esta semana na quarta edição da pesquisa Visível e Invisível: a Vitimização de Mulheres no Brasil, realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, permite estimar que cerca de 18,6 milhões de mulheres brasileiras foram vitimizadas em 2022, o equivale a um estádio de futebol com capacidade para 50 mil pessoas lotado todos os dias. Em média, as mulheres que foram vítimas de violência relataram ter sofrido quatro agressões ao longo do ano, mas entre as divorciadas a média foi de nove vezes.

A pesquisa traz dados inéditos sobre diferentes formas de violência física, sexual e psicológica sofridas pelas brasileiras no ano passado. Em comparação com as edições anteriores, todas as formas de violência contra a mulher apresentaram crescimento acentuado no ano passado.

Segundo o levantamento, 28,9% das brasileiras sofreram algum tipo de violência de gênero em 2022, a maior prevalência já verificada na série histórica, 4,5 pontos percentuais acima do resultado da pesquisa anterior.

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A pesquisa ouviu 2.017 pessoas, entre homens e mulheres, em 126 municípios brasileiros, no período de 9 a 13 de janeiro de 2023, e foi realizada Instituto Datafolha e com apoio da Uber.

Os dados de feminicídios e homicídios dolosos de mulheres do ano de 2022 ainda não estão disponíveis, mas o crescimento agudo de formas graves de violência física, que podem resultar em morte a qualquer momento, é um sinal.

Os resultados da pesquisa mostraram que 11,6% das mulheres entrevistadas foram vítimas de violência física no ano passado, o que representa um universo de cerca de 7,4 milhões de brasileiras. Isso significa que 14 mulheres foram agredidas com tapas, socos e pontapés por minuto.

Entre as outras formas de violência citadas, as mais frequentes foram as ofensas verbais (23,1%), perseguição (13,5%), ameaças de violências físicas (12,4%), ofensas sexuais (9%), espancamento ou tentativa de estrangulamento (5,4%), ameaça com faca ou arma de fogo (5,1%), lesão provocada por algum objeto que foi atirado nelas (4,2%) e esfaqueamento ou tiro (1,6%).