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Beto Preto cancela vinda a Umuarama, mas mantém apelo por restrições

01/06/2021 15H52

Jornal Ilustrado - Beto Preto cancela vinda a Umuarama, mas mantém apelo por restrições
Secretário Beto Preto ao fundo e diretores da Sesa em reunião on line ontem com integrantes da Amerios

O secretário de Estado da Saúde Beto Preto cancelou a visita a Umuarama que estava prevista para esta terça-feira, dia 01, devido às condições climáticas para voos, mas afirmou que o sistema de saúde no Paraná está no limite de sua capacidade e pediu a adoção de medidas restritivas em Umuarama e em toda a região para conter o avanço de contaminação da covid19, o mesmo que está ocorrendo em todo o Paraná.

Medidas em conjunto

“Esperamos a adoção de medidas mais restritivas por parte dos prefeitos da Amerios para conter a circulação de pessoas principalmente durante a noite e aos fins de semana. Queremos reduzir a quantidade de traumas que dão entrada nos hospitais para podermos ocupar esses leitos com pacientes/covid. Temos que conter o avanço da contaminação porque o sistema de saúde do estado já está no seu limite”, afirmou durante uma live com prefeitos da Amerios que ocorreu no início da tarde desta segunda-feira (31).

Testes e fiscalização

Além da adoção de medidas de circulação restritiva, Beto Preto salientou ainda a importância de aumentar a quantidade de testagens e a atuação das Vigilâncias em Saúde para intensificar a fiscalização.

“Temos que fazer os testes não apenas em quem positivou, mas em quem está próximo a essa pessoa. Tem que isolar e testar todos”, afirmou. Nesse sentido sinalizou que a Sesa dispõe de testes que podem ser repassados aos municípios.

Picos de ocupação

Com dados em gráficos o secretário apresentou um panorama preocupante, apontando que desde fevereiro último as taxas de ocupação de leitos UTI não fica menores de que 95% e das enfermarias beirando 90%.

E a falta de rotatividade dos pacientes apenas estrangula a estrutura hospitalar existente. Um paciente/covid fica mais de 30 dias ocupando um leito.

Segundo Beto Preto, nesta segunda-feira (31) o Paraná contava com 1.200 pessoas aguardando um leito/covid, em um sistema com capacidade de abrigar entre 400 e 450 pessoas por dia.

Na ponta

Na prática os pacientes estão aguardando mais de 24 horas por um leito exclusivo, ocupando espaços que seriam apenas para o atendimento ambulatorial, como Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Prontos Atendimentos e tendas covid, que são a porta de entrada para o acolhimento do paciente.

Nesta segunda-feira Umuarama contabilizava 35 pacientes nesta situação (sendo 23 atendidos no PR24 hs e 12 na tenda), aguardando vaga. Na semana passada, 3 dos 196 óbitos ocorridos na Capital da Amizade em decorrência da doença foram registradas no PA.

Mortalidade

Outro dado alarmante é que a taxa de mortalidade para pacientes em UTI. “Do total de pessoas intubadas 60% não volta. Em uma situação normal o percentual é de 40%. O percentual de pessoas que não estão resistindo ao tratamento é muito alta”, explicou.

Novos leitos

Mesmo assim, Beto Preto informou que o Estado tem investido na abertura de novos leitos desde o início da pandemia. Foram 4,8 mil leitos em todo o Paraná. “Corresponde a 48 hospitais de campanha com capacidade para 30 leitos UTI e 70 covid. A maior parte em hospitais públicos e filantrópicos que são nossos aliados”, contou.

Vacinação em massa

Uma das estratégias adotadas pela Sesa é promover a vacinação massiva da população contra a covid. Segundo a Sesa, até o momento cerca de 13% da população paranaense está imunizada, mas o objetivo é atingir 75% para conseguir reduzir a quantidade de casos e estabilizar o sistema de saúde.

Para isso, além da vacinação geral de pessoas entre 18 e 59 anos, previsto para começar após a imunização dos grupos prioritários, está programado para começar nos próximos dias a vacinação para os profissionais do sistema único de assistência social, cegonheiros, motoristas e cobradores de ônibus coletivos e aumentar a imunização nos profissionais da educação. “É necessário interromper a contaminação comunitária”, afirmou o secretário de Estado da Saúde Beto Preto.