OPERAÇÃO
A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (27), a Operação Corsário, com o objetivo de combater uma organização criminosa envolvida no roubo de cargas provenientes do contrabando e descaminho. A ação ocorreu na cidade de Guaíra, no estado do Paraná, e foi realizada após ordens judiciais expedidas pela Justiça Federal da 1ª Vara Criminal de Guaíra.
Segundo informações da PF, a organização criminosa atua principalmente na região Oeste do Estado do Paraná, com foco nos municípios de Guaíra, Altônia e Umuarama. O grupo utiliza um modus operandi conhecido como “Piratas do Asfalto”, em que roubam as mercadorias contrabandeadas de outros grupos criminosos.
Conforme a PF, muitas vezes, os criminosos se disfarçam utilizando vestimentas e insígnias da Polícia Federal e de outras forças policiais para executar seus crimes.
A PF informou que a investigação, batizada de Operação Corsário, teve início a partir de uma denúncia sobre uma residência abandonada na cidade de Guaíra, supostamente utilizada como esconderijo para produtos ilícitos, conhecida popularmente como “mocó”.
De acordo com a PF, durante as diligências foi constatado que a residência não possuía móveis em seu interior, mas um porão nos fundos revelou a presença de dois veículos e diversos volumes de produtos contrabandeados do Paraguai.
Entre os produtos apreendidos pela Polícia Federal, estão tabaco aromatizado, substância semelhante à maconha, brinquedos, aparelhos de telefone celular, cigarros, decodificadores de sinal de TV a cabo, além de capas de coletes balísticos, carregadores de pistolas municiados e várias peças de uniformes militares camuflados.
Durante a operação, os agentes da Polícia Federal realizaram exames periciais e apreenderam os produtos ilícitos encontrados no local. A ação contou ainda com o apoio do Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron), da Polícia Militar do Paraná, reforçando a colaboração entre as forças de segurança no combate ao crime organizado.
O nome escolhido para a operação, “Corsário”, faz referência aos navegadores que, nos séculos XV e XVIII, praticavam o roubo de cargas. Conhecidos como piratas, esses corsários dedicavam-se ao saque de embarcações.