Profissionalismo
O futuro de Paula Kamila Silva Cirilo era quase certo, ser educadora física e jogadora de futsal, até o dia que por acaso assumiu uma partida como árbitra. Foi aí que o caminho da umuaramense começou a mudar, se tornando a primeira árbitra de Umuarama e que hoje trilha uma escalada de ascensão na arbitragem brasileira, com foco nos campeonatos internacionais.
Integrante do quadro paranaense e nacional de arbitragem de futsal, Paula Kamila participou de partidas duras como a primeira da final do Campeonato Paranaense de Futsal – Série Ouro Masculino – entre Campo Mourão e Cascavel e também na Taça Brasil, Copa do Brasil e Copa Mundo do Futsal – Sub-21, fase nacional. “Sempre estive perto do esporte e desde pequena jogava futsal. Na adolescência cheguei a jogar para algumas equipes profissionais até que em 2012 me chamaram para apitar uma partida. Nunca mais quis jogar”, relembrou Paula.
Em 2013, Paula fez seu primeiro curso para arbitragem pela Federação Paranaense de Futebol de Salão (FPFS) e Associação dos Oficiais de Arbitragem de Futebol de Salão do Estado do Paraná (ASSOFUTSAL). “Inciei como árbitra em jogos das categorias de base, jogos municipais e escolares. A arbitragem paranaense segue uma qualificação exemplar. Conta com estudos e reciclagens, dentro de uma escada de evolução até atuar nos jogos principais”, informou.
Sem fazer distinção de partidas, já em 2014 a árbitra foi convidada para fazer o primeiro teste na Confederação Brasileira de Futsal (CBFS), sendo que em 2017 ela entrou para o quadro nacional de árbitros de futsal. “Os últimos três anos foram muito bons para mim, atuei na Taça Brasil, fui a única mulher que atuou na arbitragem da Copa do Brasil em 2020 e ano passado participei do primeiro jogo da final da Serie Ouro – Masculina em Campo Mourão” ressaltou a entrevistada.
Em milésimos de segundo tomar uma decisão, inteligente e que não influencie na partida, essas são metas da arbitra na partida. “A arbitragem é uma função muito importante dentro das quatro linhas e sendo uma mulher, em um universo masculino, esse peso é ainda maior. Mas com o tempo fui ganhando respeito, pois também levo respeito e seriedade para os jogadores e dirigentes, sempre cumprir a regra”.
Ainda segundo a Paula Kamila, o árbitro precisa estudar, ler, assistir jogos, andar com a parte física em dia e praticar sempre. “Planificamos os jogos antes das partidas, estudando as equipes para conhecer o comportamento dos atletas. Além disse é precisá sempre buscar a qualificação, auxílio nutricional, acompanhamento físico e psicológico”, explicou.
Formada em Educação Física e terminando a formação em bacharel, Paula Cirilo conta que o foco é buscar a arbitragem internacional e para isso mantêm um ritmo de estudos. “Continuo com os treinos, preparação psicológica, nutricional e física. Meu comprometimento é o que me faz estar preparada para tal oportunidade”, finalizou.