Umuarama

Vestibular

Alunos do Colégio Pedro II mostram que é possível conquistar seu sonhos

27/01/2020 09H29

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A educação pública nunca foi tão criticada como nos últimos 12 meses, mas estudantes do Colégio Estadual Pedro II de Umuarama mostraram que alguns críticos devem rever seus conceitos. Mais de 30% dos alunos do terceiro ano da instituição garantiram vagas nos cursos das concorridas Universidades Públicas, como também particulares.

Em uma conversa descontraída, porém com abordagem séria, cinco alunas do colégio representaram os demais vestibulandos. Barbara Fugêncio Casarotti Torcheti, de 17 anos, 1º lugar em Ciências Biológicas pelo IFPR, também garantiu vaga para o curso de Direito da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e Ciências Econômicas pelo PAS da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Ela conta que além da escola, o apoio dos familiares e amigos, a força de vontade do aluno faz a diferença na hora de estudar para o vestibular.

“Não devemos pensar que o colégio público não dá oportunidade. Minha mãe sempre me orientou que o colégio não faz o aluno, mas o aluno faz o colégio. Se você quer algo é preciso manter o foco independente de onde você estiver. Não foque nas opiniões dos outros”, ressaltou.

Giovanna Ramalho, de 17 anos, também garantiu uma vaga em uma universidade pública, para o curso de Odontologia na Universidade Estadual de Maringá. “Minha nota na redação do Enem foi 920 e desde a minha infância meus pais sempre me incentivaram a buscar sempre mais dentro da educação. Independente das escolhas e de questão financeira, pois o estudo e o conhecimento é algo que ninguém pode tirar de mim”, ressaltou.

A exemplo das duas entrevistadas, Natally Emanuelly dos Santos, de 17 anos, passou em Geografia na UEM e agora quer o curso de Agronomia, Lorena Eduarda Gobbi, de 18 anos, ficou em 1º lugar no curso de História pelo Pas/UEM, 1º Lugar em Química no IFPR e 1º lugar no curso de Direito da Unipar e Lorena de Souza Ramalho, de 17 anos, passou em Pedagogia pela UEM e espera o resultado do ENEM para o curso de Direito da Unipar.

A fórmula

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Todas as alunas revelam que o “segredo” do sucesso começa pela união das forças: o apoio dos professores, da instituição, da família e principalmente a vontade do aluno de vencer os desafios. “Muitos amigos não conseguem se dedicar aos estudos, pois precisam trabalhar o dia todo. Então, temos que entender nossos privilégios e nos dedicar ao máximo. Desde pequena minha avó me dizia [Lorena, você só tem o seu conhecimento. A única coisa que ninguém vai tirar de você]. Meus pais incentivaram pagando cursos e eu tinha que dar valor no que eles estavam fazendo por mim. Acabei que peguei gosto, é muito legal descobrir as coisas e adquirir o conhecimento para poder argumentar e falar sobre assunto e ideias”, explicou Lorena Gobbi.

União para transformar

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Conforme o diretor auxiliar e professor de História, Cleverson Eduardo Zanquetti, a comunidade do colégio é viva e pulsante, movida pelo comprometimento com a educação e formação dos cidadãos. “Tem professor que vem no período da tarde ou fim de semana, para dar aulas de forma voluntária. Eles formam grupos de estudos físicos e também nas redes sociais. Existe um comprometimento da comunidade do colégio com a educação e principalmente com a formação de cidadãos. É uma situação de amor pelo ensinar”, afirmou.

Diferencial nativo

O diferencial do colégio começa pelo ambiente e o atendimento, mas é na organização e na idealização de projetos educacionais que a transformação é aplicada na prática. Zanquetti ressalta um dos projetos em que a instituição firmou convênios com o Curso Pré-vestibular Alfa, com a Faculdade Global, Unipar e Instituto Federal. “Os alunos do Pedro II disputam entre si e os melhores ganham bolsas de estudo, tando para o pré-vestibular como para os cursos superiores”,

“Apesar da nuvem negativa que paira nas escolas públicas têm muita coisa boa acontecendo. Sempre pelo sacrifício da equipe do colégio (professores e funcionários). Aqui não escolhemos os alunos, recebemos todo mundo e tentamos que fazer a diferença, sempre pensando no futuro do nosso País, no futuro dessas crianças”, exclamou o professor.