FEMINICÍDIO
Agnaldo Capistano, 44 anos, foi condenado a 17 anos de prisão pela morte da ex-namorada Nagila Érica Guinzani, 40 anos a época do crime. A sentença foi preferida pelo juiz presidente do Tribunal do Júri, Adriano Cezar Moreira, por volta das 19 horas de segunda-feira (22), na sala do Fórum de Umuarama, após 10 horas do início da sessão.
Segundo a defensora do réu, a advogada Raquel Salgado, Capistano preferiu não recorrer da sentença condenatória.
Segundo o promotor Carlos Moreno, a sentença foi justa e o Ministério Púbico também não deverá recorrer. “Ele já esta preso desde o crime, então esse período também entra na detração. Como foram reconhecidas das três qualificadoras, ele terá que cumprir dois quintos da pena para poder pedir regressão de regime”, explicou o promotor.
Na sentença, o magistrado aplicou a qualificadora de feminicídio (quando a mulher é morta por sua condição de mulher) como predominante e as outras duas qualificadoras, de motivo torpe e com recurso que impossibilitou a defesa da vítima como agravantes. O réu não é primário, o que também pesou na dosimetria. A confissão do réu foi a única atenuante aplicada.
O réu que está preso desde a época do crime na cadeia local, voltou para a prisão após a leitura da sentença.
Segundo denúncia do Ministério Público, o réu planejou a morte da vítima, que foi surpreendida ao chegar no portão de sua casa, no jardim Irani, durante a madrugada do dia 2 de fevereiro de 2017. O réu estaria aguardando a vítima escondido ao lado do muro e desferiu ao menos três facadas contra a mulher, que ficou agonizando no meio da rua enquanto o réu fugiu com o veículo da vítima.
Familiares que escutaram pedido de socorro da mulher acionaram o Samu, mas Nágila morreu ainda no local. O Corsa dela foi encontrado abandonado na manhã seguinte na Estrada Dias, ainda na área urbana de Umuarama. Capistano foi preso dias após o crime.