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Acesf nega que seja proibido levar ração para gatos no cemitério

09/01/2024 16H38

Jornal Ilustrado - Acesf nega que seja proibido levar ração para gatos no cemitério

Levar comida para animais que vivem no Cemitério Municipal pode tornar-se um problema de saúde pública. O alerta é feito pela Acesf (Administração de Cemitérios e Serviços Funerários) após a gravação de um vídeo, que corre em algumas redes sociais, afirmando que pessoas estão sendo proibidas de levar alimentos para gatos. Porém a informação não procede, já que, apesar de haver lei a respeito do tema (Decreto 340/2019), ninguém é barrado ou impedido de entrar.

O problema maior, segundo informa o diretor-presidente da Acesf, Alexandre Gobbo Maroto, não é levar ração para os gatos, mas sim as pessoas que levam resto de comida, marmitex e outros alimentos destinados a humanos. “São dezenas de gatos que vivem ali. E tranquilamente. Ninguém de nossas equipes impede a entrada ou fiscaliza os visitantes para ver o que estão levando em sacolas ou bolsas. Quando nos deparamos com um cidadão colocando comida comum – e não ração específica para gatos –, só aí é que advertimos, mas nada por escrito, formalmente, apenas instruímos sobre os problemas que isso traz ao cemitério”, relata.

A comida comum (arroz, carne, marmitas etc.) atrai ratos e baratas (e escorpiões, que se alimentam de baratas) e provocam mau cheiro. “Além disso, recebemos muitas reclamações e críticas de concessionários de áreas do cemitério a respeito da sujeira nos túmulos de seus entes sepultados ali. Muitos dizem que limpam, ou contratam serviços de limpeza disponíveis, e que sempre encontram os túmulos sujos, causando descontentamento e tristeza”, afirma.

A Acesf é responsável pela limpeza do cemitério e trabalha em parceria com a Secretaria Municipal de Serviços Públicos, que cuida da poda de árvores e lavagem de ruas e passeios; já a limpeza dos túmulos é de responsabilidade dos concessionários. “Essa questão levantada sobre a prática de maus-tratos aos animais é simplesmente descabida, já que não retiramos os gatos dali e tampouco impedimos a entrada de ração: estamos apenas tentando evitar, baseados no que diz a legislação, um problema de saúde pública. Por isso contamos com a compreensão das pessoas, principalmente daquelas que oferecem cuidados especiais aos animais, para que nos ajudem a manter o cemitério isento de zoonoses e bichos peçonhentos”, observa Maroto.

A Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Saúde, Bem-Estar e Proteção Animal, contribui com a Saau (Sociedade de Amparo aos Animais de Umuarama) mensalmente. “Além de disponibilizarmos R$ 34 mil por mês pelo convênio com a entidade, também fazemos a doação de ração no valor de R$ 20 mil mensais. E mais: também passamos a disponibilizar um aporte mensal de R$ 4 mil para que a Saau possa operacionalizar sua nova clínica veterinária. E tudo isso dá R$ 58 mil mensais”, detalha o prefeito Celso Pozzobom.