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A última Copa dela: como foram as atuações de Marta em Mundiais 

18/07/2023 14H52

Jornal Ilustrado - A última Copa dela: como foram as atuações de Marta em Mundiais 

A Copa do Mundo de futebol feminino se aproxima, e mais uma vez o Brasil irá em busca do seu primeiro título na competição. Presente nas últimas cinco edições do torneio, a Rainha Marta disputará seu último Mundial com a amarelinha e há um pacto entre as atletas convocadas de jogarem para coroar a carreira da maior jogadora da história da modalidade.

Apesar do ótimo clima no vestiário nacional e da presença da principal estrela do time, o Brasil está longe de ser considerado um dos grandes candidatos ao título nas casas de aposta em futebol e também pela crítica especializada. Países como Estados Unidos, Inglaterra, Espanha, Alemanha, França, Austrália e Suécia vêm à frente das brasileiras nas cotações.

Mesmo assim, as expectativas são muito grandes e giram em torno da renovação do elenco que representará o país na Oceania. Até mesmo por isso, a maior goleadora da história das Copas não tem lugar garantido entre as titulares, mas, a julgar pelo seu histórico no torneio, terá grandes chances de brilhar pela última vez com a camisa 10 amarela.

Estados Unidos (2003)

A primeira participação da Rainha em Mundiais aconteceu há exatas duas décadas. Ainda uma jovem promessa no esporte, a meia-atacante de 17 anos já era titular do time e marcou gols em três dos quatros jogos do Brasil na campanha, um deles na derrota para a Suécia nas quartas de final.

Com três tentos ao todo, a alagoana de Dois Riachos foi a vice-artilheira da equipe no torneio, atrás da atacante Kátia Cilene, com quatro. A alemã Birgit Prinz foi a goleadora máxima, com sete bolas na rede, e levou sua seleção ao título inédito.

China (2007)

A Copa do Mundo de 2007 foi, sem dúvidas, a melhor de toda a carreira de Marta. Vivendo seu auge, a camisa 10 era, ao lado de Cristiane, a grande referência técnica e moral da equipe. A Rainha foi a artilheira da competição, marcando sete gols em seis jogos, dois deles na goleada sobre os Estados Unidos por 4 a 0 na semifinal.

A atuação da camisa 10 neste jogo, aliás, é considerada uma das suas maiores exibições. Com muita plasticidade e jogadas desconcertantes, ela deitou e rolou frente às norte-americanas. Aos 79 minutos, sacramentou a goleada em um lance antológico: recebeu passe na ponta esquerda e, de costas, deu um drible da vaca na zagueira antes de partir para dentro da área e fechar o placar.

Na decisão, o título não veio e Marta ainda ficou marcada por desperdiçar uma cobrança de pênalti no segundo tempo, quando o placar apontava 1 a 0 para Alemanha. Longe de apresentar seu melhor futebol, ela viu as alemãs fazerem o segundo e comemorarem o bicampeonato.

Alemanha (2011)

Quatro anos depois, os Estados Unidos vingaram a eliminação na China e derrotaram as brasileiras nas quartas de final. Após empate por 1 a 1 no tempo normal, com gol de Marta, a partida foi para a prorrogação. O Brasil chegou a virar o placar, novamente com sua maior estrela, mas as norte-americanas empataram nos acréscimos do segundo tempo extra e venceram nos pênaltis.

Jornal Ilustrado - A última Copa dela: como foram as atuações de Marta em Mundiais 

Marta terminou o torneio como vice-artilheira, com os mesmos quatro gols de Abby Wambach (EUA) e um a menos do que Homare Sawa, campeã com o Japão e eleita a melhor jogadora da competição.

Canadá (2015)

O Mundial de 2015 foi o primeiro da história do torneio feminino a ter oitavas de final, e foi justamente nesta etapa que o Brasil caiu para a Austrália por 1 a 0. Antes, a seleção nacional havia sido uma das duas únicas, ao lado do Japão, a vencer todos os seus três jogos na fase de grupos.

Marta teve atuação mais discreta no Canadá e anotou apenas um gol na campanha, de pênalti, contra a Coreia do Sul na estreia. Reeditando a final da edição anterior, Japão e Estados Unidos disputaram o título e desta vez as norte-americanas triunfaram com goleada por 5 a 2.

França (2019)

Menos de um ano após receber seu sexto prêmio de melhor jogadora do mundo, Marta foi à sua quinta Copa, mas uma lesão na coxa quase a tirou do torneio. Sem sair do banco na estreia, ela foi a campo na segunda partida e marcou, de pênalti, seu 17º gol em Mundiais, recorde absoluto entre homens e mulheres na competição.

Contra a Itália, foi titular pela primeira vez e substituída no fim da partida. Na eliminação para a França, nas oitavas, a camisa 10 jogou os 90 minutos mais os 30 adicionais da prorrogação. Não evitou nova queda precoce do Brasil em uma Copa do Mundo, mas saiu de cabeça erguida e ainda mais respeitada pelas adversárias.