liseu Auth
Claro que Biden, saindo do governo americano, fez bem na trégua da faixa de Gaza. Como católico que é, deve doer o apôio incondicional que deu a Netanyahu que massacrou, sem dó nem piedade, os palestinos da faixa de Gaza. Acho que se botou no lugar daquele povo encurralado, bombardeado, jogado para lá e para cá como bicho sem casa e sem comida. Doeu na consciência, ainda que tudo tenha começado com um ato terrorista do Hamás.
Gaza, fiapo de terras entre o Mediterrâneo, Egito e Israel, com apenas trezentos e sessenta e cinco km2 e mais de dois milhões de pessoas em completo abandono precisa comover a humanidade. A trégua dá um respiro, mas é pouco. Uma solução definitiva com o Estado palestino espera por estadistas nos países que dominam o cenário político do mundo. Fazem falta líderes de verdade que pensam no futuro da humanidade e na coexistência entre povos e nações. Já tivemos Lincoln, Churchil, Roosevelt, Mandela, Obama e Carter entre outros. Agora, o que temos são ouvidos moucos ao bom senso e aos apelos da ONU. Cada um olha seus interesses e dane-se o mundo.
Que tem a ver a trégua com o que botei no título? Nada! Só me incita refletir com o ilustrado leitor do “Umuarama Ilustrado”, sobre a taxação que nunca existiu e que nem poderia existir por não configurar fato gerador de tributo. Pix é mera forma de pagamento e quem conhece o Código Tributário Nacional sabe que pagar alguém não comporta taxação trubutária.
Atentem que a confusão veio da mentira de uma troupe excitada que prefere a desordem em vez de um governo que cuide do país. Oposição leal e que respeita a ética e as leis é sempre benvinda na Democracia, mas gente que distorce fatos, agride a verdade e dissemina a mentira nas redes sociais, deve ser responsabilizada pelo prejuízo que causa à Nação e ao debate público.
O governo não precisava recuar de nada e nem fazer medida provisória. Ele continua com o dever de monitorar toda a movimentação financeira no país. Para isso, tem o Coaf (Conselho de controle de atividades financeiras) onde pode encontrar sonegação, lavagem de dinheiro, financiamento de terrorismo e crime organizado. É assim. Tá claro o porquê do título “A trégua e o pix”.
(Eliseu Auth é promotor de justiça inativo, atualmente advogado).