Cibercultura
Demorou, mas os aplicativos de serviços começaram a fazer parte da vida dos umuaramenses. Pedir comida, um transporte ou até entregar um produto agora pode ser feito na ponta dos dedos e sem sair de casa. O que para alguns pode ser o fim de uma geração, para outros, os Apps são sinônimo de inovação e melhorias para a vida da comunidade.
Entre os aplicativos que chegaram em Umuarama está o Uber, Garupa, iFood, Aiqfome e segundo Maurílio Favaro Junior, proprietário de um restaurante de comida japonesa, o App de pedido de comida está sendo o segundo ramo da empresa. “Estávamos trabalhando apenas com Whatsapp, telefone e Facebook no serviço de delivery e isso gerava uma demanda de funcionários. Com o aplicativo facilitou nosso serviço e também nos deu mais segurança para as entregas”, disse.
Giovane Roberto, sócio de uma hamburgueria da cidade, também segue o pensamento de Junior. “Só usávamos o número do Whatsapp e resolvemos colocar o App. No primeiro dia já houve um bom resultado e hoje a maioria dos pedidos são pelo aplicativo. Facilita nosso serviço, pois já tem o cliente cadastrado com endereço, telefone e o pedido vem certinho”, informou.
Se para o empresário os aplicativos chegam como uma solução de problemas, para o consumidor não é diferente. “É muito fácil, eu abro o app no meu celular e depois de fazer o cadastro é só fazer os pedidos. Não tenho que ligar, é muito cômodo”, disse Bruno Puska.
O comportamento do consumidor vem mudando ao longo dos anos com a interação digital. Segundo a consultora e professora de Marketing Digital, Maria Carolina Avis Neves (foto), a cada novidade apresentada pelo mercado, a experiência do usuário ainda é o foco. “Os aplicativos surgem para agilizar as tarefas humanas e fazem com que nós, internautas, possamos ter cada vez mais uma excelente experiência ao vivenciar as novidades tecnológicas”, explicou.
Ainda segundo a professora, o aplicativo Uber foi revolucionário, pois surgiu para sanar problemas que o consumidor tinha com os táxis convencionais. “Em 2007, o táxi convencional realizava cerca de 90,7 mil viagens. Em 2017 esse número saltou para 112,9 mil viagens, já o táxi não convencional (uber, 99 táxi, cabify, garupa…) fez cerca de 362,4 mil viagens. As pessoas não deixaram de utilizar o serviço do táxi, porém, os serviços de carona por aplicativos fizeram com que mais gente experimentasse o serviço”, noticiou.
O coordenador do curso de Sistema para Internet da Faculdade Alfa de Umuarama, Anderson Fernandes (foto), explica exatamente o que a professora Maria ressaltou. Segundo o entrevistado, os aplicativos surgem para solucionar um problema da comunidade.
“Qualquer tipo de prestação de serviço que se transforma em aplicativo facilita a vida da pessoa, pois resolver algum tipo de problema. Os aplicativos de comida surgem para facilitar os pedidos tanto para o consumidor como empresários. Já o de transporte reduziu preços e levou maior agilidade para pedir o serviço. Sempre solucionado um problema”, explicou.
Ainda segundo o professor Anderson Fernandes, Umuarama apresenta campo para abertura de aplicativos regionais, mas para isso, além da tecnologia, o empresário precisa tratar o App como uma empresa física. “Existem outros serviços na cidade que ainda não tem App. Se o empresário captar o problema de uma comunidade e se utilizar de ferramentas de planejamento, como o marketing e o administrativo, com certeza a probabilidade de dar certo é grande. Não adianta só saber fazer o aplicativo, o trabalho envolve diversas áreas como marketing e gestão”, noticiou.
EntregoSim é um aplicativo genuinamente de Umuarama e nasceu para agilizar a entrega de mercadorias com a ligação entre empresas e transportadores. A conexão entre as duas pontas é feita por uma plataforma com aplicativo mobílie e página na web com informações sobre a disponibilidade de veículos e demanda por entregas.
Com mais clareza na comunicação e simplicidade na operação, no EntregoSim fica fácil visualizar relatórios gerenciais, desenvolver estratégias e buscar novos negócios.
Umuarama só ganha com a chegada dos aplicativos, finalizou a professora Maria Carolina. “Além de fortalecer a cibercultura (a cultura da utilização dos recursos cibernéticos) na cidade, os aplicativos também fazem com que a economia local gire com mais força, gerando mais empregos como uma forma de trabalho independente, e torna a vida dos usuários muito mais fácil, onde se percebe a famosa intenção dos aplicativos: oferecer uma boa experiência”, destacou.