Eliseu Auth
O que menos interessa nesta hora difícil que o “covid-19” nos impõe, é espalhar medo, desespero e pânico. Não estamos no fim do mundo e a virose não é o “anjo da morte” que alguns alarmistas religiosos tentam ler na bíblia. A propósito, lembro um certo pastor, na passagem do milênio, jurando que o mudo iria acabar. “Dois mil chegará, mas dois mil não passará”, profetizava. E o mundo não acabou. Claro que vale rezar e orar na medida da fé de cada um, mas esse negócio de botar religião para interpretar surtos, desastres, tragédias e cataclismas da humanidade é sempre perigoso e não passa de imaginação de quem se julga conhecer o insondável que ninguém conhece.
As autoridades, nos três níveis da República, sob orientação dos especialistas em saúde, fazem o que é preciso fazer. E precisam agir de acordo com os protocolos, nem que fechem fronteiras, limitem idas e vindas, proíbam comércios, shows e manifestações. E mandem o povo ficar em casa e evitar aglomerações. Até missas e cultos precisam se adaptar porque o Estado tem o dever de ordenar a vida dos cidadãos e zelar pela saúde e segurança de todos. Até aqui, o que se sabe é que esse vírus se transmite rapidamente e em proporção geométrica. E se as autoridades não isolarem as pessoas a virose poderá infectar massas inteiras e gerar uma hecatombe humana. Por isso, a preocupação em evitar aglomerações e ensinar a prevenir a contaminação.
A todos nós resta cumprir o que as autoridades sanitárias pedem. E agradecer a todas elas que se expõem por nós. Do pessoal da limpeza aos enfermeiros e médicos que são nossos anjos nesta hora difícil. E, quem tem fé que rogue aos céus pelo bem de todos. E para que o “coronavírus” se vá.
(Eliseu Auth é promotor de justiça inativo, atualmente advogado).