2/10/2021
Por MARCIO NUNES
A semana que passou foi marcada por uma importante notícia: o Paraná subiu duas posições e agora é o estado líder nacional em sustentabilidade ambiental. É o que aponta o Ranking de Competitividade dos Estados, publicado pelo Centro de Liderança Pública.
O resultado final é baseado em 10 pilares separados em 68 indicadores de abrangência nacional e atualização anual. Para a composição do pilar de sustentabilidade ambiental, foram analisados os indicadores de emissão de carbono, destinação do lixo, serviços urbanos, tratamento de esgoto e perda de água.
Atenho minha análise a este pilar porque ele condiz exatamente com nossa missão à frente da Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, criada no governo Ratinho Junior. Fizemos nos últimos anos um trabalho intenso para avançar nesses indicadores, e reforçamos também o acompanhamento e o assessoramento junto aos municípios. No caso do tratamento de resíduos sólidos, por exemplo, os avanços têm sido notáveis.
Em âmbito estadual, programas como Paraná Mais Verde, Rio Vivo, Descomplica Rural e Parques Urbanos têm se mostrado fundamentais para a preservação do meio ambiente e para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos.
O resultado deste estudo mostra que estamos no caminho certo, oferecendo condições plenas para o desenvolvimento, mas sempre priorizando a preservação e a recuperação do meio ambiente.
Este ano, aliás, a pesquisa traz outra novidade, que é um relatório específico de sustentabilidade que leva em conta os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos pela ONU na Agenda 2030.
Neste ranking de ODS, o Paraná aparece em 3º lugar geral, com destaque para os pilares consumo e produção responsáveis e vida na água, nos quais ocupa a primeira posição. No quesito cidades e comunidades sustentáveis o Estado aparece em 2º lugar.
É um esforço que não apenas da Sedest e do Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico e Social (Cedes), mas que o Governo do Paraná de maneira geral tem feito para criar uma mentalidade sustentável em todo o estado.
COMBATE AO DESMATAMENTO ILEGAL – Mas nem tudo são flores. Apesar do imenso empenho em relação à educação ambiental e do intenso trabalho de conscientização para fomentar a atuação dentro da legalidade, proporcionando transparência e rapidez na emissão de licenças ambientais e oferecendo a todos a possibilidade de atuar de acordo com a legislação, infelizmente ainda há quem prefira agir na sombra da ilegalidade.
Na semana passada, a Operação Mata Atlântica em Pé – a realizada por agentes do Instituto Água e Terra (IAT), Ibama, Batalhão Força Verde da Polícia Militar e Ministério Público do Paraná – constatou danos em 2,2 mil hectares de floresta com cortes ilegais. O montante de multas emitidas ultrapassa a casa dos R$ 15 milhões. Uma demonstração de que, no Paraná, crimes ambientais não ficarão impunes.
Esperamos que num futuro próximo a consciência ambiental grasse e que operações punitivas sejam desnecessárias. Até lá, os órgãos fiscalizadores terão todo o apoio e os equipamentos para localizar e impedir atitudes que possam pôr em risco o nosso futuro sustentável.
* Márcio Nunes é secretário do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo do Paraná