Prazo para solicitar voto em trânsito termina nesta quinta
Termina nesta quinta-feira (23) o prazo para os eleitores com cadastro eleitoral regular e que tenham previsão de estar fora do domicílio eleitoral no dia 7 e/ou 28 de outubro -data do primeiro e segundo turno- solicitarem o chamado voto em trânsito, realizado em capitais e municípios com mais de 100 mil eleitores. Para isso, o eleitor deve comparecer em qualquer cartório eleitoral com um documento oficial com foto e indicar o local em que pretende votar. Na cidade de São Paulo estão disponíveis dois locais, no bairro da Liberdade e do Vergueiro. Ao finalizar o atendimento, o eleitor recebe um protocolo que deve ser utilizado no dia da votação.
Não há cobrança de taxas para solicitar o voto em trânsito, que no estado de São Paulo será realizado em 54 municípios. Quem estiver fora do estado do domicílio eleitoral poderá votar em trânsito apenas para presidente da República. Caso o eleitor esteja em trânsito em outro município, mas dentro do estado em que tem domicílio eleitoral, poderá votar para todos os cargos em disputa nestas eleições (presidente, governador, senador, deputado federal e estadual).
Nas eleições de 2014, 25.504 eleitores solicitaram o voto em trânsito em um dos 27 municípios paulistas que tiveram seções para essa modalidade de voto. Destes, 11.175 solicitaram votar em trânsito na cidade de São Paulo.
Pela primeira vez, missão da OEA
acompanhará eleições no Brasil
Pela primeira vez as eleições brasileiras serão acompanhadas por uma missão da OEA (Organização dos Estados Americanos). A chefe da missão, Laura Chincilla, foi recebida nesta quarta-feira (22) pelo presidente Michel Temer no Palácio do Planalto. Laura, que é ex-presidente da Costa Rica, está em Brasília para preparar o trabalho de acompanhamento das eleições. Ela se reunirá esta semana com a presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Rosa Weber, e com o vice-procurador-geral Eleitoral, Humberto Jacques. A chefe da missão esteve à frente de outras atividades de observação da OEA em eleições recentes como nos Estados Unidos (2016), no México (2015) e no Paraguai (2018). Ela presidiu a Costa Rica entre 2010 e 2014, depois de ter sido vice-presidente e ministra da Justiça no governo de Óscar Arias, de 2006 a 2010. Ao fim do encontro com Temer, ela disse que foi ao Planalto para agradecer pelo convite feito pelo governo brasileiro para que o processo de eleição seja acompanhado pelo órgão. Questionada sobre como se dará a missão e sobre o que ela acha do caso do ex-presidente Lula, ela disse que não comentaria detalhes específicos. "É muito cedo para falarmos de aspectos específicos. Neste momento, a reunião de visita tem por objetivo coletar informações e desenhar melhor nossa missão e formalizar a cooperação com as autoridades eleitorais. Não vamos entrar em detalhes porque ainda é muito prematuro e estamos em processo de coletar informações." A decisão de a OEA enviar uma comitiva para acompanhar as eleições aconteceu depois de convite feito pelo governo brasileiro em setembro de 2018 em parceria com o TSE e com o Itamaraty. O trabalho da missão é observar o processo eleitoral como um todo e tem início antes do dia da votação.
Quero fundar o movimento dos sem processo, diz Meirelles
O candidato do MDB à Presidência, Henrique Meirelles, voltou a citar a trajetória pessoal como diferencial para a eleição. "Quero enfatizar que sou ficha limpa. Eu até tô querendo até fundar um movimento, o dos ‘sem processo’", disse ele, durante entrevista concedida à Record TV. Apesar de se dizer ficha limpa, Meirelles foi questionado sobre o porquê do eleitor votar no MDB, que tem vários líderes presos por corrupção. O ex-ministro da Fazenda afirmou que "todos os grandes partidos estão passando por esse processo" e defendeu a operação Lava Jato como um momento importante da história brasileira para recuperar a credibilidade dos governantes. O emedebista insistiu também na ideia de que "não é político" e que "foi chamado para ajudar o Brasil" pelos governos Lula e Temer, nos quais atuou. Mas negou mais uma vez o rótulo de candidato governista. "Eu sou o candidato da minha história, defendo sim todas as reformas e medidas tomadas por esse governo no qual participei. Agora, a minha história é clara, cristalina, inquestionável e é o que eu submeto ao eleitor".