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Ajuda

Grupo União Pela Vida comemora 17 anos de apoio aos portadores de HIV/AIDS

15/09/2017 00H00

Umuarama – O Grupo União Pela Vida completa amanhã 17 anos levando apoio psicológico, social e econômico para os moradores de Umuarama vivendo e convivendo com o vírus HIV/AIDS. A casa de apoio já foi campeã do projeto Prêmio Acolher do Movimento Natura, e para comemorar seu aniversário, a diretoria pede um olhar mais humano da sociedade para os portadores da doença.
Bruna Marcelly Coutinho, presidente do grupo, começou a participar da casa há 10 anos, quando descobriu um caso de HIV/AIDS em sua família. Na época ela dedicava um dia da semana para realizar a limpeza na sede e com o passar do tempo foi fiscal, tesoureira e hoje diretora da ong. “Hoje atendemos 45 famílias e oferecemos serviços e oficinas para a comunidade HIV/AIDS”.
Entre as ofertas da casa está o curso de pedraria em chinelo totalmente gratuito para os frequentadores da ong. “As pessoas só precisam ter a vontade de aprender e ainda ganham o lucro. Pois quando vendemos os chinelos retiramos apenas a parte da matéria prima e o lucro vai para quem o fez”, disse Bruna.
Além do curso, os frequentadores da ong contam com atendimento psicológico gratuito, professora alfabetizadora, advogada que presta serviço de orientação, além das parcerias com empresas da cidade. “Como a Sagaz Lutas, que as participantes da casa fazem Muay Thai totalmente gratuito para exercitar o corpo”, contou a presidente.
Mas os trabalhos do Grupo União Pela vai além, com o projeto EducaAids nas escolas. “Com palestras, conversas e tira dúvidas nas escolas levamos o conhecimento e a prevenção para os jovens. A partir da hora que o jovem sai informado da escola, ele é um agente multiplicador entre os amigos e também na família. Esse seria ao ponto certo de trabalhar, acreditamos”, ressaltou.
Vitórias – Para a diretora do grupo, a satisfação do trabalho é ver que os participantes estão com a carga viral indetectável. Ou seja, isso significa que os pacientes estão seguindo o protocolo de medicação o que proporciona melhor qualidade de vida. “Seguindo corretamente o protocolo, as pessoas não estão a mercê de doenças oportunistas, como tuberculose, AVC entre outras”, explicou a entrevistada.
Preconceito – Mesmo com as campanhas e promoções ao longo dos anos para desmistificação da HIV/AIDS, Bruna Coutinho fala do preconceito para com a pessoas portadoras do vírus. “Existe um preconceito enorme, para se ter uma ideia, ainda são taxados com o termo aidético. São marginalizados, como se fossem a escória da sociedade. Mas o vírus não pega com contato físico, não pega com um beijo ou compartilhar talheres. A população HIV/AIDS é composta por seres humanos, são pessoas que sentem”, alertou.

Comemoração

Hoje o Grupo União Pela Vida realiza uma comemoração pelo aniversário com café da manhã, mostra cultural, como também oficinas e atendimentos de beleza e saúde, sempre com apoio das empresas amigas do grupo, Senac, Sesc e Unipar.