CORONAVÍRUS
Mesmo com o Governo do Estado reativando 573 leitos de atendimento exclusivo à covid-19, mais unidades de atendimento de paciente com a doença serão liberados nos próximos dias. Só para Umuarama a previsão é para mais 20 leitos.
O secretário de Estado da Saúde (Sesa), Beto Preto, informou que a ampliação de estrutura no interior do Estado será de 60 leitos, os quais devem ser habilitados nos próximos dias, sendo em Umuarama 20 de enfermarias e Arapongas 40.
Neste sábado (5) 10 dos 20 leitos de enfermaria entram em atividade no Uopeccan de Umuarama, conforme a diretora da 12ª Regional de Saúde de Umuarama, Viviane Herrera.
Entretanto, segundo Viviane, os demais leitos estão liberado, mas os hospitais estão com dificuldade fechar escala, pois parte dos profissionais da saúde de Umuarama estão doentes a afastados do serviço. “Com escala pronta, o Estado ativará os leitos no mesmo momento. Mas estamos sem profissionais”, enfatizou.
Segundo o site da macrorregião noroeste, em Umuarama nesta sexta-feira (4) havia apenas um leito de UTI para atendimento covid-19, dos 14 habilitados para o atendimento.
Com o novo pacote, de acordo com o serviço de Regulação de Leitos Estadual, o Paraná tem neste momento 2.612 unidades destinadas apenas para o tratamento do novo coronavírus – 1.052 são UTIs e 1.504 enfermarias para adultos e mais 22 UTIs e 34 enfermarias pediátricas.
Conforme o governador Carlos Massa Ratinho Junior, o Estado precisou intervir com a adoção de outras ações, já que a capacidade de abertura de leitos está próxima do limite. Uma delas é o impedimento provisório na circulação de pessoas entre as 23h e 5h, em vigor desde a quarta-feira (02).
O mesmo vale para a proibição da comercialização e do consumo em vias e espaços públicos de bebidas alcoólicas durante o mesmo período, na madrugada, e a suspensão de confraternizações e eventos presenciais que causem aglomerações com grupos de mais de 10 pessoas. As medidas restritivas para evitar a propagação do novo coronavírus constam no decreto 6294/2020, editado na quinta-feira (03), e tem validade de 15 dias, com opção de prorrogação ou não.
A intenção, reforçou ele, é além de buscar a diminuição do número de casos, acabar com aglomerações e festas clandestinas, organizadas especialmente por jovens, que tomaram conta da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) a partir do mês passado. Ratinho Junior lembrou que essas confraternizações, aliadas ao consumo de bebidas alcoólicas e de direção, acabam por ampliar o número de vítimas de traumas, que inclui acidentes de trânsito, agressões por briga e facadas, entre outros.
Essa modalidade é responsável por ocupar cerca de 15% dos leitos de UTI no Paraná.