Eliseu Auth
Já quis ser padre. E no seminário aprendi que a gente tem que ser luz do mundo e sal da terra. Era o princípio de fazer o bem e ser exemplo de vida que os padres ensinavam. Isso não se esquece jamais. Pois é. Na semana que passou fui ao aniversário de um padre muito amado pela comunidade. É o frei Euzébio, vigário de Cruzeiro do Oeste. Achei que encontraria lá os amigos de sauna da AABB e o frei. Qual nada. Lá estavam mais de cem amigos do sacerdote. Uma beleza de festa organizada pelo Edival Souza Almeida que chamou o Paulão da fazenda Abujanra para assar a carne. Revi um batalhão de amigos que lá deixei. Sei que vou esquecer muitos, mas faço muita questão de assinalar os que lembro. Lá estavam o prefeito Valtinho, o médico Helyn, o delegado Arildo, o policial Reinaldo e o Miltinho do Detran. Foram o Emílio, gerente do Banco do Brasil, o oficial de Justiça Capuano, o Bezerra e o Zezinho da oficina. Outros mais foram. O Chico Ishioka, o Mori, o Hugo Bortolon, o professor Rubinho, o Neander e o “Du”. Lembro também do Eleandro, do Tatatinha que é gerente do Sicredi, do Luiz Matias, do Jhonatan, do Maurinho do Astra, do “Mancha”, dos irmãos Fardin e do João Carlos que são colegas de sauna. De outros, até lembro a fisionomia, mas esqueço o nome. São muitos a quem peço que me perdoem. Tudo gente que gosta muito do frei.
Lá no começo falei que o frei Euzébio é muito querido em sua comunidade. Seus amigos o apelidaram de “frei vagalume”. E, dizem que faz jus ao nome. Ilumina por onde passa. Procura ser simples como um pastor de ovelhas e segue como prega o papa Francisco. Sempre está no meio do povo onde evangeliza com palavras e exemplo de vida. Mistura-se ao povo, vai às vilas, joga bola, faz sauna com a gente, mas não descuida da pastoral. Tanto segue o papa Francisco que também tem time para torcer. Não é o São Lourenço do grande líder. Poderia ser Corintians, Palmeiras, Santos, Avaí, Flamengo ou São Paulo. Até poderia ser o Internacional. Deus entenderia e perdoaria qualquer desatino. Mas não. Para minha alegria, o frei vagalume torce para o Grêmio de Porto Alegre. Desse jeito, o santo já está no prelo. Brincadeiras à parte, fiz questão de assinalar esse bom momento que vivi. O aniversário de um amigo que me fez lembrar as lições do seminário. Ele está indo pastorear outro rebanho. Que se vá com Deus e que Nossa Senhora o cubra com seu manto sagrado. E que continue iluminando como faz o vagalume. Até breve, Frei Euzébio.
(Eliseu Auth é Promotor de Justiça inativo, atualmente Advogado militante).