PET ILUSTRADO
Agosto é um mês cheio de curiosidades e superstições. A Primeira Guerra Mundial começou no dia 1º de agosto de 1914, as pessoas também chamam agosto como o mês do desgosto, pois parece que nunca vai acaba. Mas hoje, o PET Ilustrado vai falar sobre a curiosidade do “mês do cachorro louco”, como surgiu esse ditado.
Os veterinários parceiros do PET Ilustrado explicam que desde 1973 o Ministério da Agricultura definiu o mês de agosto como período de campanha nacional de vacinação antirrábica nos animais. A data foi estipulada, uma vez que devido à proximidade da primavera, as cadelas iniciam o cio com mais frequência e essa situação fisiológica acaba gerando muitas brigas entre os machos, momento que pode ocorrer a transmissão da doença.
Brasil não estar livre da doença, hoje ela encontra-se controlada e tem baixíssima incidência, mas é preciso realizar a vacinação do seu pet para que este cenário continue.
A raiva pode ser transmitida para o homem pelo vírus presente na saliva e secreções do animal infectado, principalmente por meio de mordida. A doença tem 100% de letalidade – existem apenas seis casos de cura da raiva humana no mundo.
Cães, gatos e mamíferos silvestres, como morcegos e raposas, são considerados animais de alto risco para transmissão do vírus da raiva humana.
O período de incubação é variável entre as espécies, desde dias até anos, com uma média de 45 dias no ser humano, podendo ser mais curto em crianças. O período de incubação está relacionado à localização, extensão e profundidade da mordedura, arranhadura, lambedura ou tipo de contato com a saliva do animal infectado; da proximidade da porta de entrada com o cérebro e troncos nervosos; concentração de partículas virais inoculadas e cepa viral.
Nos cães e gatos, a eliminação de vírus pela saliva ocorre de 2 a 5 dias antes do aparecimento dos sinais clínicos e persiste durante toda a evolução da doença (período de transmissibilidade). A morte do animal acontece, em média, entre 5 e 7 dias após a apresentação dos sintomas.
Não se sabe ao certo qual o período de transmissibilidade do vírus em animais silvestres. Entretanto, sabe-se que os quirópteros (morcegos) podem albergar o vírus por longo período, sem sintomatologia aparente.
Podem ocorrer linfoadenopatia, hiperestesia e parestesia no trajeto de nervos periféricos, próximos ao local da mordedura, e alterações de comportamento.
Espasmos dos músculos da laringe, faringe e língua ocorrem quando o paciente vê ou tenta ingerir líquido, apresentando sialorreia intensa (“hidrofobia”).
Os espasmos musculares evoluem para um quadro de paralisia, levando a alterações cardiorrespiratórias, retenção urinária e obstipação intestinal. Observa-se, ainda, a presença de disfagia, aerofobia, hiperacusia e fotofobia.